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Grupo protesta contra Marcelle Moraes na Câmara e acusa vereadora de racismo

Por Guilherme Ferreira

Grupo protesta contra Marcelle Moraes na Câmara e acusa vereadora de racismo
Ato contra Marcelle | Foto: Guilherme Ferreira / Bahia Notícias

Representantes de religiões de matriz africana protestaram durante a sessão da Câmara nesta segunda-feira (25) contra a vereadora Marcelle Moraes (sem partido) e a acusaram de racismo. O grupo chegou a se virar de costas para o plenário enquanto ela falava ao microfone.

 

O ato foi motivado pela homenagem solicitada por Marcelle em uma sessão realizada na última terça (19) (veja mais). Os vereadores respeitaram um minuto de silêncio em razão da morte da líder religiosa Makota Valdina. Logo em seguida, Marcelle pediu para que fosse incorporada ao ato uma homenagem à rinoceronta.

 

Durante a fala de Marcelle na sessão desta segunda, os representantes de religiões de matriz africana gritaram palavras de ordem, chamando ela de "racista" e "louca". O presidente da Câmara, Geraldo Júnior, pediu mais de uma vez para que as pessoas nas galerias abaixassem o tom.

 

Na última quarta (20), Marcelle divulgou nota dizendo que nunca teve a intenção de desrespeitar a memória de Makota. A vereadora também pediu que a homenagem para o hipopótamo fosse retirada da ata da sessão do dia anterior. No entanto, ela voltou a pedir um minuto de silêncio pelo animal em meio aos protestos desta segunda. A solicitação foi negada por Geraldo Júnior.

 

A ialorixá Mãe Maísa, presente na sessão desta segunda na Câmara, classificou a postura de Marcelle como uma "ofensa" e disse não aceitar a retirada da homenagem ao animal feita na semana passada. "Não foi retratação. O que ela falou não foi de coração. Ou seja, ela não se reeducou", afirmou ao Bahia Notícias após a sessão. 

 

Durante seu pronunciamento desta segunda, Marcelle disse que a discussão gerada em torno das homenagens era "desnecessária". "Jamais, em hipótese alguma, iria desrespeitar alguém que, como eu, também lutava pelos direitos das mulheres", afirmou. "Sou também uma defensora das mulheres negras, pois quando me coloco na frente do movimento, não faço distinção de cor", disse a vereadora, provocando mais protestos entre os representantes de religiões de matriz africana.