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Bahia poderá ter até dois cassinos caso Projeto de Lei de Azi seja aprovado na Câmara

Por Jade Coelho

Bahia poderá ter até dois cassinos caso Projeto de Lei de Azi seja aprovado na Câmara
Foto: Reprodução / Shutterstock

A Bahia poderá ter até dois cassinos resorts caso o Projeto de Lei 530/2019, de autoria do deputado federal Paulo Azi (DEM), seja aprovado na Câmara dos Deputados. O texto, apresentado no dia 6 de fevereiro, dispõe sobre a exploração de jogos de fortuna em cassinos resorts em todo o país. A intenção é a instalação de complexos de entretenimento que incluiriam, além dos cassinos, hotéis e até centro de convenções.

 

O PL prevê a instalação dos estabelecimentos em número proporcional à população de cada um dos estados. De acordo com o texto, o Brasil poderia ter, ao todo, até 32 cassinos resorts. A matéria prescreve como critério para a instalação de um estabelecimento, por Estado ou no Distrito Federal, a população de até 15 milhões de habitantes. Os estados com população entre 15 e 25 milhões de habitantes poderão ter dois cassinos. Nos estados com população superior a 25 milhões, o texto prevê a instalação de no máximo três cassinos resorts.

 

Deste modo, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais poderiam ter até dois cassinos resorts, São Paulo seria o único estado que possibilidade de instalação de até três, enquanto os demais estados poderiam ter apenas um estabelecimento.

 

A legislação brasileira proíbe, desde 1946, com o decreto de Lei Nº 9.215, a prática ou exploração de jogos de azar em todo o território nacional. Atualmente, as apostas legalizadas se restringem à Loteria da Caixa Federal, administrada pela União. 

 

Em defesa do texto de sua autoria, o democrata Paulo Azi argumentou que a instalação desse tipo de negócio contribuiria para a economia local e nacional, geraria empregos e principalmente potencializaria o turismo. Segundo o parlamentar, apesar de demandar um grande investimento para a instalação, o retorno que os cassinos poderiam dar recompensaria.

 

"Um cassino de grande porte, só para instalar, são pelo menos R$ 10 bilhões. Em contrapartida ele gera 50 mil empregos", argumentou Azi. "Para o estado, um investimento desses atrai muita gente, potencializa o turismo. As pessoas vão procurar o estado porque gostam desse tipo de entretenimento. Gera repercussão na receita e na arrecadação do setor público", assegurou o democrata, que foi o relator da Lei Geral do Turismo na Câmara.

 

Ao prometer "não deixar passar", o deputado federal Bacelar (Podemos) acredita que a aprovação do PL 530/2019 não traria benefícios para a Bahia. "A liberação exclusiva de cassinos só vai beneficiar São Paulo e o Rio de Janeiro", apontou. "Não tem poder, por exemplo, de gerar emprego com o jogo", alegou Bacelar, que é favorável, no entanto, à liberação de jogos de azar de forma abrangente.

 

"A Bahia não tem receita. A população da Bahia não tem poder aquisitivo pra movimentar dois cassinos. Não sei se o Rio de Janeiro tem, São Paulo até tem. O que a gente vê é uma proposta pra beneficiar capital estrangeiro. Minha pergunta é: por que não legalizar todos os jogos? O que justifica isso?”, criticou Bacelar.

 

Apesar da discordância em relação ao Projeto de Lei, Azi, assim como Bacelar, defende a liberação de jogos de azar. O democrata compara a proibição com “tapar o sol com a peneira”, sob a justificativa de que esses jogos existem e são operados de maneira ilegal em todo o país. O deputado explicou ainda que o texto de sua autoria cita especificamente os cassinos por ele ser ligado ao turismo.