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Aberta a diálogo com governos, Fieb visa construção de política industrial

Por Ailma Teixeira

Aberta a diálogo com governos, Fieb visa construção de política industrial
Foto: Valter Pontes/ Coperphoto/ Sistema FIEB

Diante de suas perspectivas para o ano de 2019, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) afirma que vai manter conversas produtivas com o governador Rui Costa (PT) e com prefeitos das cidades baianas. A instituição estima que a produção industrial deve crescer 3,1% tanto no estado quanto no país.

"Vamos buscar a famigerada política industrial sem nenhum envolvimento político-partidário", frisa Renato Alban, presidente da Fieb. Ele realizou uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (11) para apresentar os cenários esperados para o setor a partir do próximo ano.

 

De acordo com dados da federação, um crescimento econômico entre 2% e 3% é esperado no quadro nacional, com redução lenta do desemprego. Já a Bahia, que é a sexta economia do país e a maior do Nordeste, deve ter um crescimento em torno de 1,8%, abaixo da projeção nacional. Em conversa com o Bahia Notícias, Alban explica essa diferença. "Nos dois últimos anos foi a participação relativa, significativa da refinaria Landulfo Alves. Isso em números. No resto é que a gente tem aumentado a matriz industrial, mas não de uma forma tão agressiva", pontua, lembrando ainda a redução de um turno da Ford no ano passado.

 

Por isso, o presidente defende a necessidade da Bahia, mas também do Brasil como um todo, traçar uma estratégia de política industrial. "Fazer com a cumplicidade, com o ônus das partes, mas quem tem essa capacidade de coordenação é o setor público. Se eles não puxarem pra si essa coordenação pra fazermos algo realmente coerente e sustentável, as entidades não podem fazer isso sozinhas", defende.

 

RELAÇÃO COM O GOVERNO DA BAHIA

Quanto à relação com o governo estadual, o presidente da Fieb ressalta que a instituição mantém o diálogo aberto, mas no momento aguarda a indicação do nome que vai assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). De acordo com Alban, a pessoa escolhida será a interlocutora nº 1 do setor.

 

"Nós precisamos desse interlocutor e nós gostaríamos que fosse uma pessoa condizente com o que é a própria secretária, ou seja, alguém que pensa em desenvolvimento econômico", afirmou o presidente. Ele destaca esse papel, ressaltando o fato de que a partir de 2019 o governo baiano será oposição ao governo federal. Então, de acordo com Alban, isso aumenta a necessidade de estar alerta aos repasses e investimentos voltados para a Bahia.

 

Questionado pelo Bahia Notícias se a Fieb faz alguma indicação ou sugestão de nome para assumir a SDE, ele negou. "Nós não queremos, não teremos, nem pretendemos ter nenhum envolvimento político-partidário e essa construção é eminentemente político-partidária", frisa. Sem entrar em detalhes sobre a pauta, ele anunciou que deve se reunir com o governador Rui Costa (PT) nos próximos dias.