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APLB critica dedicação exclusiva para diretor escolar: 'De quem entende pouco de educação'

Por João Brandão / Rodrigo Daniel Silva

APLB critica dedicação exclusiva para diretor escolar: 'De quem entende pouco de educação'
Foto: Carol Garcia/GOVBA

O coordenador-geral da APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB - Sindicato), Rui Oliveira, criticou, em entrevista ao Bahia Notícias, a proposta do governo de Rui Costa (PT) de criar dedicação exclusiva a diretores e vices (veja aqui).

“Quem entende um pouco de educação não vai propor uma coisa dessas. É um absurdo você chegar e dizer que vai ferir a Constituição. Por exemplo, sou professor, enquanto professor tenho direito constitucional de escolher dois cargos. Posso ser professor da rede estadual e da rede municipal. Isso é um conceito da Constituição. [Essa proposta] é de quem não entende de educação. Eu trabalho no Colégio Central, só tem de manhã e de tarde. Eu vou trabalhar três turnos onde? Não existe no nossos estatuto dedicação exclusiva. É inacreditável”, afirmou.

O sindicalista disse ainda que tem na própria Secretaria de Educação pessoas com dois vínculos. “O que tem de superintendente, diretor de empresa. Se for assim ele vai acabar com toda a gestão. Por exemplo, na SEC eu aponto, eu digo que tem mais de 50 pessoas que são superintendentes e trabalham de noite na universidade. É uma estupidez”, declarou.

Rui Oliveira contou que conversou com o líder governista na AL-BA, Zé Neto (PT-BA), e que o parlamentar prometeu que acataria a emenda proposta pelo deputado Fabrício Falcão (PCdoB), que tirava a dedicação exclusiva dos profissionais. 

“Eu fiz a redação e Fabricio apresentou. Combinei com Zé Neto e ele disse que vai aceitar porque é uma aberração. Ele disse para mim que aceita. Eu estive com ele ontem”, pontuou.

Procurado pelo BN, Zé Neto desconversou sobre a proposição de Falcão. “Vamos conversar. Não falei [que ia acatar a emenda]. Falei que ia conversar e encontrar a solução”, disse.

Segundo ele, antes de definir alteração no texto, é preciso discutir o tema com as Secretarias da Educação e da Casa Civil. O petista argumentou que o governo quer melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e que é necessária a medida.