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Nilo diz que 2018 foi o pior ano da AL-BA: 'Só funciona para votar projeto de governo'

Por Lucas Arraz

Nilo diz que 2018 foi o pior ano da AL-BA: 'Só funciona para votar projeto de governo'
Foto: Bahia Notícias / Ag. Haack / Jefferson Peixoto

Ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo defendeu que 2018 foi o pior ano para a Casa do total de 28 anos em que esteve como deputado estadual - pelo menos 10 como presidente. 


“Tem um ano que a AL-BA não está funcionando. Não funciona comissão, nem mesa. Só funciona para votar projeto de governo”, comentou Nilo. O deputado estadual fez uma dura crítica aos colegas pela falta, segundo ele, de discussões e debates no parlamento baiano. 


“Se colocarem um funcionário na porta da AL-BA com um carimbo escrito ‘aprovado’ para passar os projetos do governo, ninguém notaria a diferença. Aprovado, carimbo, aprovado, carimbo...”, criticou. O deputado federal eleito fez questão de frisar que a culpa de tal inércia política na Assembleia não seria culpa de Angelo Coronel (PSD), atual presidente. “É culpa dos 63 deputados e a sociedade que os julgue”, completou Nilo. 


BANCADA DO AMÉM
Nos bastidores, a oposição ao governo Rui Costa, também tem reclamado da falta de disposição dos governistas, maioria absoluta no parlamento, de discutirem projetos. “Se você entrevistar a bancada do governo, 90% não sabe explicar o que estão votando. Votam em qualquer coisa [que Rui enviar]. Bancada do amém”, descreveu um outro deputado, da oposição, ao Bahia Notícias. 


“O papel de um deputado é fiscalizar o Executivo e fazer Projetos de Lei. Lá não se faz nem uma coisa, nem outra. Fátima Nunes (PT), Alan Castro (PSD), Marquinhos Viana (PSB), Jânio Natal (Pode), Zó (PCdoB), Gika Lopes (PT) e Bobô (PCdoB). Duvido que eles saibam explicar o projeto [dos royalties do petróleo]. Nem se dão o trabalho de ler”, completou o oposicionista que preferiu não se identificar, citando nominalmente colegas de parlamento.


TURNÃO
Na avaliação de deputados, mesmo para os da bancada do governo, a adoção do turnão na AL-BA só irá atrapalhar mais ainda o andamento dos trabalhos. Para economizar, a Casa adotou o sistema de funcionar apenas meio turno, forma de não ter que pegar refeição a servidores. 


“Com as comissões de manhã, você poderia votar projetos e já chegar agilizado no plenário. Estou há 28 anos na AL-BA e esse foi o pior ano. Não funciona nada. A casa está parada. Hoje não teve comissão”, avaliou Marcelo Nilo.