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Otto diz que apoio do PCdoB a Nelson Leal foi ‘antiético’: ‘Não ouviu o atual presidente’

Por Bruno Luiz / Ailma Teixeira

Otto diz que apoio do PCdoB a Nelson Leal foi ‘antiético’: ‘Não ouviu o atual presidente’
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O senador e presidente do PSD na Bahia, Otto Alencar, chamou de “antiética” a articulação que resultou no apoio do PCdoB à candidatura de Nelson Leal (PP) para a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Pelo PSD, o deputado estadual Adolfo Menezes é candidato ao cargo.
 
De acordo com Otto, antes de qualquer aliança, PCdoB e PP deveriam ter ouvido o atual presidente da Casa, Angelo Coronel (PSD), que está fora do Brasil. 

“Eu respeito tanto a posição do PP e do PCdoB, mas acho um pouco antiético tratar do assunto sem ouvir o atual presidente porque ele que coordena a sucessão, sem ouvir o governador, que também é interessado, e os outros membros de outros diversos partidos”, defendeu Otto, em entrevista ao Bahia Notícias. 

O senador ainda disse esperar que Coronel comande o processo de sucessão, conversando com todos os líderes da base governista e também com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), maior líder da oposição na Bahia. 

“Como eu conheço bem [Coronel], tem muita personalidade para o embate político, eu creio que ele de alguma forma vai procurar os presidentes de todos os partidos e, além disso, o candidato da base vai ter também que conversar com os lideres da oposição, que todos sabemos que é o ACM Neto, que, na eleição de Angelo Coronel, foi decisivo para que ele chegasse à presidência”, afirmou Otto, que negou, no entanto, que vá se envolver na sucessão para a AL-BA.

PT TAMBÉM CRITICA ARTICULAÇÃO PP-PCDOB
O presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, também não reagiu bem ao apoio do PCdoB a Nelson Leal. Segundo o dirigente do partido, que tem como candidato à presidência o deputado estadual Rosemberg Pinto, pepistas e comunistas deveriam ter ouvido toda a base governista e o governador Rui Costa (PT) antes de tomar qualquer posição. 

“O que tem dado certo nessas construções nossas é a construção do diálogo. Isso tem dado resultado, é a política que tem dado resultado. Seria melhor ouvir o governador. E vamos trabalhar o método de construir diálogo com a base aliada”, afirmou Everaldo, que defendeu um candidato único na base aliada. 
O PT deve se reunir na próxima semana para definir a estratégia que será utilizada pelo partido na busca de fortalecer a candidatura de Rosemberg. 

PP SE DEFENDE
O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, defendeu o partido das críticas desferidas pelas siglas da base aliada. De acordo com ele, quando a legenda se decidiu pelo nome de Nelson Leal para disputar a presidência, o comunicado foi feito ao governador Rui Costa. Por isso, não haveria problema em iniciar as articulações sem antes conversar com o grupo político. 

“Quando meu partido se reuniu, já havia na imprensa as candidatura de Rosemberg e Adolfo. Fizemos aquilo que achamos correto. A primeira coisa que fizemos, número 1, foi comunicar ao governador que decidimos pelo nome de Leal. Ele não viu problema nenhum, pediu apenas que a gente buscasse uma campanha que unisse a base”, defendeu Jabes.
 
Mesmo com PT e PSD contrariados, o PP vai seguir com as articulações, segundo o ex-prefeito de Ilhéus. O partido já buscou contato com a senadora Lídice da Mata, que preside o PSB na Bahia, para tentar selar aliança. No entanto, os socialistas ainda não descartaram totalmente colocar no jogo a candidatura do deputado estadual Alex Lima (PSB). “É possível que a gente tenha mais apoios para anunciar nos próximos dias”, avisou, em relação aos partidos da base. Ainda segundo Jabes, o diálogo com a bancada de oposição também está sendo “muito positivo”.