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Aliada de Bolsonaro, deputada cria canal de denúncia contra professores de Santa Catarina

Aliada de Bolsonaro, deputada cria canal de denúncia contra professores de Santa Catarina
Foto: Facebook / @AnaCampagnolo

Diante da eleição de Jair Bolsonaro (PSL) como próximo presidente da República, a deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC) abriu um canal de denúncias para fiscalizar a ação de professores que, eventualmente, critiquem o futuro morador do Palácio do Planalto, em salas de aula de Santa Catarina, a partir desta segunda-feira (29). De maneira informal, a futura parlamentar pede que seus seguidores enviem vídeos e informações para seu telefone celular com o nome do docente, a escola e a cidade. "Garantimos o anonimato dos denunciantes", ressalta Ana Caroline em postagem em seu Facebook.

 

 

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, ela é historiadora e processou a professora Marlene de Fáveri, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que é sua ex-orientadora de mestrado, por "perseguição ideológica".  Em setembro, o 1º Juizado Especial Cível de Chapecó, julgou o caso improcedente, mas a deputada eleita recorreu.

 

"Na semana do dia 29 de outubro, os professores e doutrinadores estarão inconformados e revoltados", diz a mensagem publicada por Ana Caroline. "Muitos não conseguirão disfarçar sua ira e farão da sala de aula uma audiência cativa para suas queixas político-partidárias em virtude da vitória do presidente Bolsonaro. Filme ou grave todas as manifestações político-partidárias ou ideológica que humilhem ou ofendam sua liberdade de crença e consciência", recomenda. Em resposta a um seguidor, ela pondera que "professores éticos e competentes não precisam se preocupar".

 

De acordo com Ana Caroline, as imagens enviadas para o seu celular não serão divulgadas e sim utilizadas para uma "investigação". Em seguida, serão verificadas as "medidas cabíveis em cada caso".

 

A ação da parlamentar reflete o projeto de Escola Sem Partido, uma das bandeiras defendidas pelo presidente eleito no Congresso Nacional. O projeto é contestado pela Advocacia-Geral da União (AGU), Ministério Público Federal (MPF) e associação de professores.