Everaldo diz que PT só vai discutir presidência da AL-BA após 2º turno: 'Pauta é Haddad'
Por Bruno Luiz
O presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, deu um recado ao deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), que pretende ser candidato à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA): o partido só vai discutir o assunto após o segundo turno das eleições presidenciais.
Segundo Everaldo, o assunto eleição na AL-BA não é prioridade na sigla agora, mesmo com Rosemberg tendo externado para ele sua disposição em concorrer.
“Temos uma pauta política, que é ampliar a votação de Haddad na Bahia. Essa é a única pauta política que nós temos. Depois de encerrado o segundo turno, nós vamos sentar para conversar sobre essa pauta [da presidência da AL-BA]”, indicou o dirigente estadual petista em entrevista ao Bahia Notícias. O comunicado foi feito, inclusive, ao próprio Rosemberg, que já se reuniu com ele para tratar do tema.
Ele ainda reiterou que o partido, com a maior bancada da AL-BA, formada por 10 deputados, tem “legitimidade” de pleitear a presidência. No entanto, as discussões sobre o assunto precisam ser feitos junto à base governista, na opinião de Everaldo.
“Assim como nas eleições majoritárias, o que tem garantido vitórias consecutivas nossas é esse diálogo. Temos maturidade para tomar decisões que possam contemplar os partidos”, defendeu, dizendo que a disposição do deputado em se colocar na disputa não depende apenas dele.
“Ele tem a disposição de colocar o nome dele, mas essa disposição passa por um diálogo com o conjunto de partidos. Todos os deputados e deputadas da base aliada têm legitimidade para fazer esse pleito [de concorrer à presidência]”, afirmou.
Rosemberg foi o segundo deputado estadual mais votado no estado nestas eleições, com 101.945. Na AL-BA, a candidatura dele é considerada como uma das mais competitivas na disputa. A favor dele, estão a alta votação, o fato de estar no partido com a maior bancada e que também é o mesmo do governador Rui Costa.
Contra ele, pesa a questão de o PSD ter atualmente a presidência, na figura de Angelo Coronel, com altas chances de o partido querer manter o posto. Além disso, há a força política do presidente do partido, o senador Otto Alencar, que pode bancar a candidatura de um nome do PSD e abrir uma queda de braço dentro da base.
Nos últimos anos, Otto tem se saído vitorioso nestas disputas internas, conseguindo, além da presidência da AL-BA, defenestrando Marcelo Nilo (PSB) do posto, o comando da União dos Municípios da Bahia (UPB) e a indicação de Coronel para o Senado na chapa de Rui. Outro fator é a oposição. Caso o grupo decida votar em bloco, dificilmente apoiaria uma candidatura petista.