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Relacionamento ruim com grupo e 'desastre' na Semps dificultam futuro de Tia Eron

Por Bruno Luiz

Relacionamento ruim com grupo e 'desastre' na Semps dificultam futuro de Tia Eron
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

A tarefa do prefeito ACM Neto (DEM) para acomodar a deputada federal Eronildes Vasconcelos de Carvalho, a Tia Eron (PRB), após ela perder a reeleição para a Câmara não parece ser fácil. 

 

Presidente do PRB na Bahia, um dos maiores partidos de seu grupo político, Eron não vai aceitar ficar sem espaço após ser derrotada, avaliam aliados próximos ao prefeito. Ainda mais pelo fato de o ex-chefe de gabinete de Neto, João Roma, ter sido o “responsável” por tirar a vaga dela para a Casa – o prefeito bancou a candidatura de Roma, de quem é amigo próximo.

 

As alternativas para a quase ex-parlamentar são duas: ou assumir uma secretaria na prefeitura, ou esperar que Neto nomeie algum deputado federal eleito para que ela, enquanto primeira suplente, possa assumir a vaga na Câmara. 

 

Entretanto, segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias junto a fontes que acompanham as ainda incipientes articulações sobre a reforma no secretariado a ser feita futuramente por Neto, o democrata pode ter dor de cabeça na operação para alocar a aliada. A avaliação é de que ela não contribuiu com o grupo político durante a eleição proporcional, que culminou em um revés para a oposição, com a saída de figuras históricas no Parlamento, como José Carlos Aleluia (DEM), Antonio Imbassahy (PSDB) e a própria deputada. 

 

Havia um acerto feito na chapa DEM, PRB e PV, que concorreu à Câmara, para que os candidatos a deputado federal doassem cerca de R$ 200 mil a algumas candidaturas, como forma de torná-las competitivas, fortalecendo a composição. No entanto, a deputada se negou a fazer o acordo, o que gerou insatisfação entre os candidatos. Com isso, a avaliação é de que não vai ser fácil convencer alguém a deixar o mandato apenas para beneficiar Eron, sendo que ela não teve o mesmo espírito de grupo quando isso foi demandado. 

 

Entretanto, há quem acredite que, em uma articulação feita pessoalmente, Neto conseguiria convencer algum eleito a abrir espaço para a deputada da Igreja Universal. Outra dificuldade seria alocar Eron em alguma secretaria. Um nome próximo a Neto ouvido pelo BN classificou a passagem dela no comando da Secretaria Municipal de Promoção Social de Combate à Pobreza (Semps) como “desastrosa”. Como o prefeito costuma primar pelos bons resultados e a boa gestão de seus secretários, ele não se arriscaria a colocá-la na administração de alguma pasta. Além disso, ela é conhecida pelo temperamento difícil e pelos problemas de relacionamento com aliados.

 

Após a eleição, o prefeito fará uma “reforma ampla”, nas palavras de um aliado ouvido pela reportagem. Nesta terça, ele confirmou que será necessária uma reestruturação do secretariado, após o resultado eleitoral. Nomes como Aleluia, Imbassahy e Tiago Correia – este último perdeu a eleição para deputado estadual – estariam entre aqueles que precisarão ser acomodados por Neto, seja com uma secretaria ou com mandato no Legislativo.

 

Outro que pode assumir uma pasta é o próprio vice-prefeito Bruno Reis, que vai coordenar programas sociais da prefeitura. Não é descartado, por exemplo, que ele volte à Semps, que esteve sob seu comando por dois anos, para consertar os erros de Eron.