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Segundo turno adia conversas sobre cláusula de barreira, mas ‘barrados’ rechaçam fusão

Por Lucas Arraz

Segundo turno adia conversas sobre cláusula de barreira, mas ‘barrados’ rechaçam fusão
Foto: Reprodução / JusBR

A decisão sobre qual caminho tomar no segunto turno polarizado da eleição presidencial de 2018 adiou a preocupação dos partidos que deverão ser enquadrados na cláusula de barreira a partir de 2019. Apesar do caminho incerto, as legendas que caíram no corte de benefícios rechaçam a fusão com outras agremiações como resposta para continuarem sobrevivendo. 

 

Ao todo, 14 das 35 siglas com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devem ficar sem tempo de propaganda gratuita na TV e sem acesso a verba do fundo partidário. Para garantir os benefícios nos próximos pleitos, legendas como Rede, PCdoB e PRTB deveriam ter eleito pelo menos 9 deputados federais e conquistado 1% dos votos válidos em cada unidade federativa. 

 

Para os “barrados”, a alternativa mais segura seria procurar abrigo em outro partido. Nesta terça-feira (9), um rumor de bastidor apontava que a Rede poderia se fundir ao PV para continuar existindo (veja aqui). A presidente do partido na Bahia, porém negou o rumor. “Estamos dedicados ao que é mais urgente: quem a Rede apoiará no segundo turno”, discursou a dirigente Iaraci Dias. 

 

“Sobreviveremos sem fundo partidário. Na minha época de militante a gente vendia camisa do partido para ter dinheiro. Essa mordomia de fundo partidário foi boa, mas estamos acostumados a não ter verba”, garantiu a dirigente estadual ao falar que a legenda de Marina Silva não se preocupa com a nova regra. “Quando uma porta se fecha, uma janela se abre”, complementou Dias.

 

O PCdoB também negou qualquer preocupação com a cláusula de barreira no momento. De acordo com o presidente estadual Davidson Magalhães (PCdoB), as reuniões da direção nacional da legenda discutem atualmente o segundo turno. A crença no núcleo diretor, entretanto, é que o PCdoB passará pela barreira mesmo sem eleger os deputados necessários. 

 

Ao Bahia Notícias, o Davidson Magalhães também negou a possibilidade de qualquer fusão com aliados históricos, como o PT, para continuar tendo acesso a verba de campanha. “Ainda não está definido se estamos fora da cláusula. Existem várias condicionais na lei, mas, caso fiquemos de fora, o partido não deixa de funcionar”, disse. 

 

“O PCdoB é uma legenda quase centenária que passou boa parte do seu tempo na clandestinidade. Não será falta de dinheiro que nos transformará em outra coisa”, rebateu o suplente de Angelo Coronel (PSD), eleito para o Senado.  

 

Também sem conseguir ultrapassar o muro eleitoral, o PRTB minimizou os efeitos da cláusula. Para Rogério Da Luz, presidente da sigla por aqui, a medida pouco influenciará nas eleições municipais de 2020, as próximas do calendário previsto após o segundo turno no dia 28 de outubro. 

 

“Só não vamos ter o recurso, que já não era muito. O tempo de televisão não faz diferença em pelo menos 90% dos municípios do Brasil. Nosso foco em 2020 será ampliar as nossas prefeituras com coligações majoritárias e campanha”, declarou Da Luz.  

 

O partido também se apoia na possibilidade de vitória de Jair Bolsonaro (PSL) para garantir visibilidade. “O PRTB fará o vice-presidente do Brasil com Bolsonaro presidente. Mesmo não passando pela cláusula, teremos uma posição de destaque a nível nacional”, falou, esperançoso, o presidente da legenda baiana que não conseguiu eleger nenhum parlamentar. 

 

Além dessas três legendas, Patriota, PHS, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PPL, PRP, PSTU e PTC deverão ser impactados pela medida, aplicada pela 1ª vez a partir desta eleição.