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Em debate morno, candidatos atacam Rui e Zé Ronaldo apela por segundo turno

Por Bruno Luiz

Em debate morno, candidatos atacam Rui e Zé Ronaldo apela por segundo turno
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

Mesmo ausente por causa do falecimento de um familiar, o governador e candidato à reeleição, Rui Costa, foi o principal alvo do debate ocorrido neste sábado (29), promovido pela Record TV Itapoan. 

 

Os candidatos Marcos Mendes (PSOL), João Santana (MDB), José Ronaldo (DEM) e João Henrique (PRTB) se concentraram em críticas à gestão do petista. Além disso, o democrata, que é segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, segundo o Ibope e o instituto Big Data, resolveu apostar na estratégia do segundo turno. Após dizer que venceria o governador Rui Costa em primeiro turno, Zé Ronaldo, em vários momentos, pediu que a eleição fosse levada para o segundo turno, para “ampliar o debate”.

 

Veja abaixo os principais momentos do debate:

 

PRIMEIRO BLOCO
Na primeira parte do debate, dividido em três blocos, predominaram temas como saúde, segurança pública e desemprego.  O bloco foi iniciado com uma pergunta do candidato Marcos Mendes (PSOL) para Zé Ronaldo (DEM).

 

O socialista questionou o ex-prefeito de Feira de Santana sobre a aliança do grupo político dele como o “agronegócio do veneno”. Além disso, acusou uma “privatização da água” em cidades como Correntina e municípios da região da Chapada Diamantina. 

 

Zé Ronaldo respondeu que o meio ambiente é de “extrema importância para a humanidade” e que, se eleito governador, vai desenvolver o estado com responsabilidade ambiental. Mendes contrapôs dizendo que, quando prefeito de Feira, o democrata quis promover um dos “maiores desmatamentos da história de Feira de Santana” com as obras do BRT. “Que responsabilidade ambiental você tem?”, questionou. 

 

O candidato do DEM negou a acusação do socialista. “Não houve nenhuma agressão ao meio ambiente em Feira de Santana. Disseram que ia derrubar as árvores da Avenida Getúlio Vargas, e ela continua linda e frondosa”, afirmou. 

 

Em pergunta a João Santana, que acabou fazendo dobradinha com ele durante o debate, Zé Ronaldo relembrou que o estado é líder na quantidade de assassinatos, com mais de 7 mil homicídios, segundo dados do Anuário da Segurança Pública deste ano. Para Santana, “não temos estrutura de segurança pública na Bahia”.

 

“Desses crimes todos [homicídios], 90% deles não foram elucidados. O governo não tem política na segurança pública que envolva tecnologia e inteligência para investigar esses assassinatos”, criticou. Zé Ronaldo afirmou que a Bahia é o “estado mais violento do Brasil”. 

 

Em outro momento do debate, ao responder sobre problemas na saúde do estado, João Henrique (PRTB) investiu em algo que tem sido sua bandeira durante a campanha: a relação com o funcionalismo público. Disse que o governo dele na prefeitura de Salvador e de seu pai, João Durval, no Estado, pagaram bons salários aos servidores, e ele fará o mesmo, caso eleito. João Santana defendeu plano de carreira para os funcionários da saúde, além de equipar hospitais microrregionais para evitar que hospitais de Salvador sejam lotados com quem vem buscar atendimento do interior. 

 

Ao falar sobre problemas na educação estadual, Mendes denunciou que escolas estão sendo fechadas no interior. Já João Henrique defendeu a educação integral nas escolas. Para o candidato do PSOL, é preciso fazer uma “escola sem mordaça”, em que sejam discutidos temas como gênero, raça e sexualidade.

 

SEGUNDO BLOCO
No segundo bloco, o tema funcionalismo público voltou à pauta. João Santana afirmou que o candidato à reeleição, Rui Costa, foi considerado o “pior governador da história” para os servidores públicos. Já Marcos Mendes acusou o governador de perseguir os funcionários do estado. O candidato do MDB ironizou o valor do vale-alimentação pago pelo governo estadual.

 

“O vale-alimentação é apelidado pejorativamente de vale coxinha. São nove reais que só dão para comprar uma coxinha de galinha”, disse. 

 

Ao falar sobre produção agrícola, Marcos Mendes disse que vai reativar empresas públicas, como a EBDA. Já João Henrique apontou que há problemas com a segurança hídrica, com barragens secando no estado. Disse também que é preciso “levar água para consumo humano e animal e para irrigar a pequena agricultora.” “A Bahia tem que cuidar mais dos pequenos agricultores”, afirmou.

 

TERCEIRO BLOCO
No terceiro e último bloco do debate, o desemprego voltou para a pauta. Ao responder pergunta de João Henrique sobre o tema, João Santana disse que a economia do estado está “literalmente abandonada pelo governo”. O candidato afirmou que lavouras como as de cacau, mamona e sisal “estão abandonadas” e que vai recriar a EBDA, com nome de Emater, para possibilitar o desenvolvimento da agricultura na Bahia. Além disso, vai apostar no turismo, com a recomposição da Bahiatursa e construção de um novo centro de convenções. 

 

João Henrique lembrou que, com a criação da Guarda Municipal de Salvador e ao trazer o Samu 192 para a cidade, produziu cerca de 1,5 mil vagas de emprego na capital baiana, quando prefeito. 

 

No entanto, um dos momentos mais tensos do debate ocorreu entre Zé Ronaldo e Marcos Mendes. O candidato do PSOL relembrou que o ex-prefeito de Feira é réu por suposto crime de estelionato. Além disso, acusou o grupo político de Zé Ronaldo de aprovar o BRT de Salvador mediante acordo para salvar o presidente Michel Temer de virar réu em denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR).  

 

“Muita gente está dizendo que, se você não for eleito e perder o foro privilegiado, você pode ser preso”, afirmou. Zé Ronaldo negou as acusações.