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Presidente do PSL-BA só destinou doações de diretório à própria campanha eleitoral

Por Lucas Arraz

Presidente do PSL-BA só destinou doações de diretório à própria campanha eleitoral
Pimentel recebeu R$ 200 mil do PSL na sua campanha | Foto: Reprodução / Facebook

Das aproximadamente 60 candidaturas do PSL na Bahia, apenas uma recebeu dinheiro para campanha da direção nacional: a presidente estadual da legenda Professora Dayane Pimentel (PSL), justamente a responsável por controlar os recursos da sigla. Sem dinheiro para investir, outros candidatos confessaram insatisfação com a candidata a deputada federal que, como presidente, teria favorecido o próprio pleito. 

 

“Não acho essa uma atitude correta e ela vai ter que se explicar para o partido. Conhecendo Dayane, sei que ela vai ter um bom motivo”, ponderou Comandante Rangel, candidato a senador do PSL na chapa de João Henrique (PRTB). O postulante ao Senado foi um dos nomes que não teve nenhum repasse do partido. 

 

De acordo com o sistema de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dayane Pimentel recebeu direto do partido, em agosto, R$ 150 mil. Seus fundos aumentaram por meio de uma doação que ela, como presidente, fez para si mesma com parte de outros R$ 200 mil que o PSL nacional, representado pelo candidato à Presidência Jair Bolsonaro, deu para a campanha na Bahia. Desse valor, em 5 de setembro, Dayane direcionou R$ 60 mil para sua campanha. Até agora, os outros R$ 140 mil que vieram da Executiva nacional não foram usados com outros postulantes. Nenhum outro candidato além de Dayane recebeu qualquer verba, de acordo com as prestações de contas do diretório. 

 

A Professora Dayane Pimentel tem se apresentado como a candidata “oficial” de Bolsonaro no estado, durante o período eleitoral. 

 

ATRITO INTERNO

Sem receber qualquer ajuda do diretório presidido por Dayane, Rangel falou que atualmente o PSL enfrenta alguns atritos internos. “Se isso é uma lei e a lei foi quebrada, alguém vai pagar pelo erro. Não estou dizendo que houve um erro, mas se tiver, alguém vai pagar e com certeza essa pessoa não será quem deixou de receber”, ponderou o candidato ao Senado, que também lembra que foi convidado pelo próprio Bolsonaro para a disputa. 

 

‘VANTAGEM’

Em agosto deste ano, o Bahia Notícias levantou a discussão sobre candidatos que também são presidentes de partidos. O fato suscitou debates sobre um possível conflito de interesses entre o âmbito partidário e os anseios por espaços no Poder Legislativo ou Executivo. A questão, que foi colocada dentro do grupo de oposição ao governador Rui Costa com a formação das chapas proporcionais (veja aqui), pode estar se repetindo no PSL. Procurada para responder a questão, a Professora Dayane Pimentel não retornou o contato até o fechamento da reportagem.