Prefeitura contrata empresa alvo da Lava Jato para supervisionar obras no Centro Histórico
Por Bruno Luiz
A prefeitura de Salvador contratou a Engevix Engenharia e Projetos S/A para supervisionar as obras de requalificação da Praça Castro Alves e da Avenida Sete de Setembro, que devem começar “em breve”, segundo o prefeito ACM Neto (DEM). A empresa, que integra o consórcio Supervisor ER Castro Alves - formado também pela RK Engenharia e Consultoria Ltda - criado para acompanhar as obras, é uma das investigadas pela Operação Lava Jato. De acordo com a homologação da licitação, publicada no Diário Oficial do Município, o contrato será de R$ 969.507,04
Segundo as investigações da Lava Jato, a empresa cometeu irregularidades em licitações e na execução dos contratos para elaboração dos projetos executivos da Usina Termonuclear de Angra 3. As ilegalidades chegaram a R$ 20,2 milhões, apontaram as apurações.
O nome da Engevix apareceu novamente na Operação Greenfield, que investiga operações irregulares com fundos de pensão de empresas estatais.
Por causa do caso envolvendo a Angra 3, a empresa foi colocada na lista de inidôneas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) – uma espécie de “lista suja” do governo federal - ficando proibida de celebrar contratos com a União. No entanto, em uma busca feita pelo Bahia Notícias nesta segunda-feira (3), ela não constava mais no grupo de inidôneas do órgão.
Gerson Almada – antigo sócio da Engevix – e o dono da empresa atualmente, José Antunes Sobrinho, foram condenados pelo pagamento de propina nas obras de Angra 3. Almada, inclusive, está preso após o juiz Sergio Moro decretar o início do cumprimento da pena, após a condenação dele ter sido confirmada em segunda instância.