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Júnior Muniz admite pressão por chapão, mas diz que não teme retaliações de partidos

Por Guilherme Ferreira

Júnior Muniz admite pressão por chapão, mas diz que não teme retaliações de partidos
Foto: Reprodução / YouTube

O presidente do diretório estadual do PHS, Júnior Muniz, diz ter sido pressionado pelos partidos maiores da base do prefeito ACM Neto para que sua legenda fizesse parte de um chapão na eleição proporcional deste ano. O PHS acabou não cedendo, e o dirigente não teme eventuais retaliações por conta da decisão.

 

Na avaliação dele, apesar de não possuir parlamentares com mandato, o PHS não deve ser julgado inferior. "Não estamos aqui submissos a ninguém", declarou em entrevista ao Bahia Notícias nesta segunda-feira (13). "Não temo porque a gente não precisa deles, dos partidos maiores", afirmou.

 

O PHS firmou uma aliança com PSL, PPS e PRTB para eleger deputados estaduais e federais na eleição deste ano (veja mais). Ao comentar a decisão de não coligar com os partidos mais fortes do grupo de Zé Ronaldo (DEM), ele chegou a mencionar o acidente de trânsito que matou sua esposa e seu filho (veja mais). "Eu não tenho medo, estou de cabeça erguida. O que eu tinha que perder perdi no ano passado que foi minha família", afirmou.

 

Sem citar nomes de políticos ou partidos de forma específica, ele ainda ironizou a atitude de aliados do prefeito de Salvador, que agora estariam desdenhando da ajuda que o PHS poderia oferecer ao chapão. "Eu fico indignado com o grupo do prefeito tentando pressionar a chapinha. Antes o PHS era partido forte, tinha 300 mil votos", declarou.


Integrantes de DEM, PSDB e PRB, partidos que possuem deputados com mandato atualmente, preferiam que todos os aliados de Zé Ronaldo ficassem juntos num chapão para a chapa proporcional. A intenção era que representantes de legendas menores pudessem se candidatar e inflar o quoeficiente eleitoral da coligação para aumentar o número de eleitos das legendas maiores.
 

Questionado se as pressões na formação da chapa proporcional poderia comprometer a permanência do PHS na base de ACM Neto, Muniz sugeriu que o partido poderia buscar novos aliados. "A gente tem trânsito em qualquer um dos lados. Se por acaso acharem que o PHS prejudicou o chapão, paciência", comentou.

 

O presidente estadual do PHS justificou a decisão de integrar uma chapinha apontando que a cláusula de barreira pode inviabilizar a existência de partidos sem deputados. "Os partidos pensam em continuar no cenário. Os partidos que não procurarem voto, vão ser extintos", disse Muniz.


OUTRO CONFLITO
A disputa eleitoral deste causou atritos também entre PHS e PSL. Apesar dos dois partidos integrarem a mesma chapa proporcional, a presidente estadual do PSL, Dayane Pimentel, dirigiu duras críticas ao vereador Igor Kannário (PHS), que é candidato a deputado federal este ano (veja mais). 

O conflito se deve ao fato de que, segundo Dayane, PSL e Kannário defendem bandeiras distintas. "Ficaria muito feliz se Kannário não fizesse parte da chapa”, declarou ao Bahia Notícias. No entanto, a coligação faz com que os votos ao PSL ou a Kannário ajudem um ao outro na disputa eleitoral.