'Tá Russo': 'VAR' matar o diabo

Eu lhe confesso que, do lugar que eu estava no estádio, não dava para ver se foi ou não pênalti em Neymar. Mas o juiz marcou. Oxi, piquei o copo cheio de cerveja pra cima e gritei feito um louco. Abracei um monte de desconhecido. Até que o árbitro foi consultar o vídeo para confirmar ou anular o lance. Anulou. Foi cena de Neymar. Mas quem fez o papelão fui eu. Gastei um grito e perdi 350 rublos (que foi o valor da cerveja). Comecei a pensar: meu Deus, será que vou voltar para o Brasil sem ver um triunfo da seleção? Quando passamos dos 90 minutos, eu já estava ciente que, se eu visse uma vitória do Brasil, seria contra a Sérvia, em Moscou. A torcida costa-riquenha vibrava com a cera dos seus jogadores. Para eles um empate seria lindo. Véi, aquilo me deu uma agonia. Xinguei uns trinta deles que estavam perto de mim. Timinho!!! Time de p...!!! E os “ticos” resenhando com minha cara. Até que Coutinho (que homão da porra) chegou brocando a rede. Pense num alívio!!! Olhei pro juiz 80 vezes em 3 segundos. Ele confirmou a zorra do gol. Chupa, Costa Rica!!!! Que felicidade. Pra completar a festa, Neymar, o fofucho da Marquezine, guardou o seu. Boa, garoto! Alívio geral. Esse juiz de vídeo é uma onda. Quase me matou do coração hoje. Menas, coisinho. Não precisamos de você para termos emoção no futebol. Se saia! E vá matar o diabo.