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Na política, quem tem telhado de vidro tem que torcer para blindagem funcionar

Por Fernando Duarte

Na política, quem tem telhado de vidro tem que torcer para blindagem funcionar
Foto: Reprodução/ ConstruindoDecor

A cada novo potencial candidato a cargo público lançado, não faltam expectativas e esperanças da população. É nessa perspectiva otimista – bem comum no brasileiro médio – que se baseia um sem número de personagens que aparecem no cenário como faróis a iluminar os caminhos: seja numa cidade, num estado ou num país. Infelizmente, no Brasil, a cada nova persona pública apresentada, novas expectativas são frustradas. Vide os recuos de nomes como o apresentador Luciano Huck, que volta e meia é cortejado pelo DEM, e teria desistido de ser candidato à presidência da República. Não que Huck seja um bom nome para o cargo. A história recente com outsiders da política levou Donald Trump à Casa Branca e ainda é uma caixinha de surpresas. O apresentador é apenas um exemplo daqueles que têm o nome ventilado para cargos públicos e o telhado de vidro começa a receber pedras, que dificilmente resistiriam a um processo de desconstrução de uma campanha eleitoral. Por isso que uma parcela considerável dos políticos sempre sai em vantagem quando disputa o pleito: os telhados já resistiram ao processo e, certamente, resistiriam um pouco mais. Nem sempre o vidro é integralmente blindado. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um exemplar vivo disso. Para falar de um passado recente do petista, desde o mensalão, nos idos de 2006, os adversários não param de tentar desconstruí-lo politicamente e ele resistiu bem até ser praticamente excluído da disputa eleitoral após ser condenado em segunda instância na última semana. Outro que viu o telhado de vidro começar a abrir rachaduras foi o deputado federal Jair Bolsonaro. Em um final de semana, a imagem de “mito” pregada por seus seguidores foi afetada por denúncias reais e falas impróprias do próprio parlamentar. Como sempre foi assim, desde que o mundo é mundo, agora a bola da vez é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que colocou a cabeça de fora do casco na tentativa de se viabilizar para o Palácio do Planalto e começou a receber pedras. Por isso a imprensa é imprescindível para arremessar petardos contra todo e qualquer candidato a cargo público. Talvez assim eles mostrem faces mais reais do que são. Ou não. Basta lembrar que figuras como José Serra, Geraldo Alckmin, Michel Temer, Aécio Neves e tantos outros dão “a cara a tapa” e continuam com seus telhados em pé. Ou ao menos sobrevivem com goteiras. Este texto integra o comentário desta terça-feira (30) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Excelsior, Irecê Líder FM e Clube FM.