Obra da Linha Viva pode passar da prefeitura para as mãos do governo estadual

A proposta da Linha Viva surgiu com a prefeitura de Salvador ainda em 2012 (veja mais) - sob o comando de João Henrique - e cerca de cinco anos depois surge a possibilidade da obra trocar de mãos. Diante do desinteresse da gestão municipal em tocar o projeto, o governo do estado pensa em assumir os trabalhos. Um projeto de lei que garante isenção fiscal para a construção da Linha Viva foi enviado pela prefeitura à Câmara municipal em abril de 2015 - já na administração de ACM Neto. A votação da matéria chegou a ser marcada para o último dia 12 de julho (veja mais), mas foi tirada da pauta do legislativo e daqui em diante a tendência é que o texto fique no "limbo". Nesta quinta-feira (3) o prefeito ACM Neto encaminhou à Câmara um ofício pedindo a retirada do regime de urgência do projeto. Com a medida, a matéria continua na Casa, mas sem qualquer prazo para votação. O plano da Linha Viva prevê uma rodovia expressa para ligar a região do Acesso Norte até a BA-526 (CIA/Aeroporto), com o objetivo de desafogar o trânsito da BR-324 e da Avenida Paralela. O projeto planeja uma rodovia com extensão de 17,7 quilômetros com três faixas de tráfego por sentido. Vereadores da base do prefeito alegam que a falta de interesse da gestão municipal em seguir com a Linha Viva é fruto do momento econômico. Nenhuma empreiteira estaria disposta a pegar uma obra desse. Um vereador da base de ACM Neto também já estaria questionando a falta de interesse da prefeitura em investir na rodovia expressa. Na avaliação dele, a obra traria mais benefícios ao trânsito da capital baiana do que o BRT, que vai cobrir um percurso que já é contemplado pelo metrô. Fontes do BN informaram que, diante do impasse, o governo do estado já começou a elaborar estudos sobre a Linha Viva e a mesma situação do metrô pode se repetir: Rui assume a obra e coloca pra funcionar.