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Otto: Temer disse 'que teria que convencer o Democratas' para liberar empréstimo do BB

Por Fernando Duarte, de Brasília / Luana Ribeiro

Otto: Temer disse 'que teria que convencer o Democratas' para liberar empréstimo do BB
Foto: Rodolfo Stuckert / Agência Câmara

O bloqueio do empréstimo do Banco do Brasil que seria concedido à Bahia e a outros estados no Nordeste pelo governo federal teve, como já circulava nos bastidores, a intervenção do DEM para acontecer – a informação foi confirmada pelo presidente Michel Temer ao senador Otto Alencar (PSD-BA). “Há pouco tempo, uma hora e meia, [o presidente nacional do PSD, Gilberto] Kassab me ligou e o presidente da República me ligou – eu até agradeço a atenção de Michel Temer – e ele disse que teria que convencer o Democratas para poder assinar. O que significa que existe essa pressão do Democratas para que a Bahia não seja beneficiada com empréstimo”, afirma Otto. O congressista citou declarações recentes dos deputados federais Elmar Nascimento e José Carlos Aleluia, ambos do DEM baiano, dizendo que “se abster é covardia”. “O DEM, na verdade, quer o Rodrigo Maia presidente, disfarçadamente”, diz Otto. O senador revelou que “botaram uma pedra em cima” do empréstimo, que havia sido acordado há cerca de cinco meses – até que, há cerca de vinte dias, o contrato foi publicado. “Quinta-feira faz quinze dias, publicaram de manhã o contrato da Bahia. Liguei para o governador: ‘estão cumprindo, estão ajudando a Bahia’. Se o governo Michel Temer se propõe a ajudar a Bahia, é natural que ele está mostrando que não vai nos discriminar. Então se pudéssemos colaborar aqui para a manutenção dele e ele ajudando a Bahia, seria uma causa justa”, relata. Na mesma tarde, o senador foi surpreendido com uma ligação do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). “‘Senador, recebi ordens superiores para não assinar o contrato’. ‘Mas ministro, quem mandou isso?’. ‘Ordens superiores, eu cumpro ordem’. Ele foi até áspero comigo”. Desde então, conta Otto, não houve mais informações sobre o contrato. “Ontem, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, sequer atendeu o telefone do governador. Ligou, não atendeu. Liguei também, não atendeu. Quando é hoje, diz o seguinte: ‘não teve tempo de assinar’. O que é que significa dizer? Significa o seguinte: que o governo está faltando com o compromisso conosco”. O secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório, foi comunicado do encaminhamento do contrato para análise. “Ele me disse que nem atenderam ele no telefone, que disseram que iam mandar para o conselho do Banco do Brasil. Esse contrato não precisa ir para o conselho: basta o Caffareli e o governo da Bahia assinarem e o governo entra”. Otto atribui a articulação ao DEM nacional, com a participação do prefeito ACM Neto. "O presidente da Câmara é o mentor disso aí, atendendo lá ao prefeito de Salvador, ACM Neto".