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Apesar de divergências, centrais sindicais baianas confirmam greve geral no dia 30

Por Júlia Vigné

Apesar de divergências, centrais sindicais baianas confirmam greve geral no dia 30
Ato dia 20 de julho | Foto: Júlia Vigné/ Bahia Notícias

Apesar de informações sugerirem que as centrais sindicais estariam divergindo quanto à manutenção da greve geral na sexta-feira (30), na Bahia a manifestação está mantida. No sábado (24), o jornal Folha de S. Paulo divulgou que os dirigentes da Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) de São Paulo teriam voltado atrás na manutenção da greve para o dia 30. No entanto, uma nota conjunta foi assinada informando que a greve geral está mantida. O lema defendido pelas entidades para a greve geral é “vamos parar o Brasil contra a Reforma Trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria”. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal deverá votar, na próxima quarta-feira (28), o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre a reforma.  De acordo com o senador Paulo Paim (PT-RS), o governo pretende votar a reforma no plenário no dia 14 de julho. Segundo o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil da Bahia (CTB-BA), Aurino Pedreira, a greve geral é importante para pressionar o Senado Federal. “Nós estamos com a agenda estreita e apertada para demonstrar para os senadores que a reforma destrói a CLT, inibe direitos e traz um prejuízo muito grande para a massa trabalhadora do país”, disse. O presidente confirmou que houve uma divergência de opiniões entre os presidentes nacionais das centrais sindicais, mas que a reunião realizada na sexta-feira (23) teria firmado em manter a data da greve geral para o dia 30. “A Reforma trabalhista não só corta o direito de trabalhadores conquistados ao longo de uma trajetória histórica, ela acaba com o direito do trabalho, transformando o direito do trabalho em o direito do trabalhador, ferindo a lógica do que se predispõe a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, disse Aurino. O presidente da Central Única dos Trabalhadores na Bahia (CUT-BA), Cedro Silva, confirmou os desentendimentos e a manutenção da greve. Cedro destacou que o ato começará com protestos de estudantes em frente ao Iguatemi às 6h e uma caminhada será realizada às 15h da Praça do Campo Grande até a Praça Castro Alves. De acordo com ele, rodoviários, ferroviários, enfermeiros, profissionais da saúde do município, pedreiros, diretores químicos, comerciários, metalúrgicos, entre outros, irão paralisar as atividades na próxima sexta-feira (30). “O movimento está inteiro na greve. Não tem divisão. A divergência da Força Sindical era uma questão interna. A pauta é importante para todos”, disse. Apesar dos pontos de divergência no plano nacional, o presidente da União Geral dos Trabalhadores da Bahia (UGT-BA), Magno Lavigne, também seguiu o tom da CTB-BA e CUT-BA, apesar de sinalizar a possibilidade de seguir negociando com o governo federal. "Nós não fechamos o diálogo com o governo, queremos continuar conversando. O governo propôs uma edição de MP [Medida Provisória]. Se o Senado não fizer emenda, o governo editaria uma MP para retirar absurdos da proposta", sugeriu Lavigne ao relatar conversas com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, para avançar nas negociações. O presidente da Força Sindical da Bahia, Emerson Gomes, não foi encontrado para comentar a decisão. Em suas redes sociais, as centrais sindicais divulgaram a nota realizada pelas representações nacionais. “Unidos somos mais fortes. O presidente da CUT-BA espera que a manifestação no Campo Grande supere o número de 80 mil registrado no dia 28 de abril, na última greve geral realizada pelas centrais sindicais unificadas.