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Deputados do PSL querem negociar espaço com Rui e questionam Nilo na direção da sigla

Por Bruno Luiz

Deputados do PSL querem negociar espaço com Rui e questionam Nilo na direção da sigla
Alan Castro, líder do PSL na AL-BA | Foto: Jefferson Peixoto/ Ag. Haack/ BN

Com uma fratura desde as eleições que colocaram Ângelo Coronel (PSD) na presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o PSL vai pleitear por meio de deputados, e não do presidente da sigla, Marcelo Nilo, espaço no governo Rui Costa. Os parlamentares estão insatisfeitos com o que classificam como “estrutura zero” na administração do petista e resolveram, diante da decisão de Nilo de não se envolver no assunto, negociar os cargos junto ao próprio governador, para que consigam ocupar um espaço “compatível” ao tamanho da bancada da sigla na AL-BA - sete deputados no total. Eles reivindicam que Nilo já chegou ao PSL com uma “superestrutura” – por isso, entendem-se indicações para os comandos da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e da Embasa -, mas ela não pertence ao partido. De acordo com o líder da sigla na Casa, Alan Castro, Nilo preferiu não se envolver nas negociações por já estar “bem atendido”. “Ele [Nilo] entregou para mim a função de tomar a frente desse pleito. Ele sempre disse que as secretarias são indicações dele. Acho que não se sente confortável. Se ele for pleitear, o governador vai dizer que Nilo já tem uma estrutura grande”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias. “O governador acha que essa estrutura é do PSL, mas o partido não tem nada”, reclamou, ao dizer também que pediu uma audiência “urgente” com Rui para tratar do tema. A solicitação foi feita ao secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, e a reunião deve ocorrer nos próximos dias. Castro ainda deu um claro recado a Nilo: caso Rui indique que os dois espaços ocupados atualmente pelo ex-presidente da AL-BA são do PSL, o partido vai pleitear mudanças na composição dos cargos da Seap e da Embasa, o que pode culminar na saída de apadrinhados políticos dele dos postos. “Aí vamos ter que sentar e ver toda essa estrutura do órgão. Vai ter que fazer uma divisão igualitária. Não fica descartado um rearranjo. Se os cargos forem do PSL, a gente vai ter que sentar e organizar isso”, avisou. Outra situação que tem incomodado os deputados em relação ao presidente da sigla é o fato de que, desde a vitória de Ângelo Coronel – obtida com apoio de figuras do próprio PSL –, Nilo ainda não se reuniu com os parlamentares. De acordo com Castro, eles pretendem se encontrar com o deputado na próxima semana para saber sobre seu futuro no comando da agremiação. “Terça ou quarta vamos marcar e decidir o rumo político dele. A gente realmente sente esse vácuo de ele não conversar com a gente. Vamos adotar um tom de conciliação e de cobrança. Acho que todo mundo é adulto, não tem menino. Aquele período [de derrota nas eleições da AL-BA, quando precisou retirar sua candidatura] já passou. Vamos também cobrar a ele como presidente para fazer a reestruturação do partido para as eleições de 2018. Se não montarmos o PSL do jeito que precisa, ou vai ter debandada ou todo mundo se enforcar por espaço nas próximas eleições”, criticou. Castro ainda negou que haja um movimento para retirar Nilo da presidência do PSL, mas também avisou que ele precisa acatar pleitos dos deputados. “A princípio, a gente não quer tirar ele da presidência, mas ele tem que trabalhar em consonância com a maioria”, disse.