Oposição propõe CPI na AL-BA para investigar desabamento do Centro de Convenções
Por Rebeca Menezes / Guilherme Ferreira
Foto: Rebeca Menezes / Bahia Notícias
A bancada da oposição da Assembleia Legislativa da Bahia vai propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o desabamento parcial do Centro de Convenções de Salvador. O grupo visitou o equipamento durante a tarde desta segunda-feira (24) para avaliar os danos na estrutura do local. "Nós vamos tentar buscar a assinatura de todos os parlamentares. Nós não estamos julgando ninguém. A assembleia é a caixa de ressonância na nossa sociedade. A nossa CPI tem o objetivo apenas de saber o que aconteceu", afirmou Sandro Régis (DEM), líder da bancada da oposição, que classifica a CPI como uma medida "apartidária" para justificar a confiança de que os deputados do governo vão apoiar a proposta. O parlamentar pede que o governo estadual preste esclarecimentos sobre o que foi investido na reforma do Centro de Convenções. "Foi dito que o estado já tinha gasto R$ 40 ou R$ 60 milhões ao longo desse tempo em manutenção e reforma. O que estamos vendo aí é completamente o oposto do que foi anunciado pelo estado", afirmou. O deputado Pablo Barrozo (DEM) explicou a importância da visita da bancada: "Nós daqui, vendo daqui de perto, dá para ver o tamanho do acidente que houve. Dá para ver que o desabamento foi ao lado do elevador, por exemplo. Nós como deputados temos obrigação de fiscalizar o governo, o dinheiro público que foi gasto aqui e cobrarmos providências para que seja solucionado o quanto antes esse problema que atrasa o turismo na Bahia". Já Adolfo Viana (PSDB) cobrou respostas do Executivo não só sobre quanto foi gasto na reforma do local, mas também sobre o que será feito com a área do atual equipamento, que será demolido. "O que nós queremos é exatamente saber o que o governo pretende. O governo está omisso todo o tempo. Inclusive depois que o Centro de Convenções desabou, não houve nenhum tipo de resposta à sociedade ou à Assembleia. E, ainda hoje, nós estamos sem saber o que vai acontecer", defendeu.