Relatório sobre morte de Anísio Teixeira aponta indícios de assassinato
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O relatório sobre as circunstâncias da morte do educador e jurista Anísio Teixeira será apresentado nesta sexta-feira (11), em Salvador, pelo escritor João Augusto de Lima Rocha, professor da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba). A morte, ocorrida em 1971, teve causa determinada como “acidente” pelo regime militar, após ele ter caído no fosso do elevador de um prédio no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Segundo informações do jornal A Tarde, Rocha, que é sobrinho-neto de Anísio, teve acesso ao Auto de Exame Cadavérico, que foi encontrado recentemente, e o documento levanta suspeitas de que Anísio tenha sido assassinado por agentes do governo. A apresentação ocorre no dia em que se completam 45 anos da morte do educador. De acordo com A Tarde, a cópia obtida do documento, de cinco páginas, está parcialmente ilegível. "A muito custo, consegui decifrar, parcialmente, em quinze dias de muito trabalho", disse Rocha. O auto foi encaminhado à Comissão Nacional da Verdade. O corpo de Anísio Teixeira foi removido do fosso do elevador dois dias após o óbito, sem a realização do levantamento cadavérico pelos peritos da polícia.
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