Cunha nega renúncia à Câmara e anuncia recurso ao STF sobre ritos de impeachment
Por Fernando Duarte
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Alvo de uma série de denúncias de participação no esquema que desvio recursos da Petrobras o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assegurou que não deve renunciar à direção da Casa. Cunha afirmou, nesta segunda-feira (19), que não “tem nenhuma preocupação” com as acusações de manter contas na Suíça, como apontadas por documentos encaminhados pelo Ministério Público do país europeu à Procuradoria Geral da República. Em réplica a jornalistas, Cunha reiterou em diversos momentos que não vai renunciar à presidência da Câmara. “Eu me sinto em condições de continuar na presidência da Câmara. Eu tenho legitimidade para praticar todos os atos para o qual fui eleito”, bradou. Sobre as contas na Suíça, o peemedebista reiterou não possuir recursos fora do país e que “tudo o que foi dito à CPI da Petrobras” foi mantido. Um dia após a presidente Dilma Rousseff (PT) lamentar que “um brasileiro” estivesse envolvido nas denúncias de manter contas na Suíça com origem em desvios de recursos públicos, Cunha anunciou que vai ingressar com três peças no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar as decisões dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber que interromperam o rito de impeachment determinado pela presidência da Câmara.