Souto diz não ser contra terceirização na saúde e defende hospitais em Feira e no Extremo Sul
Por Luana Ribeiro
Foto: Luana Ribeiro/Bahia Notícias
Em oposição à fala dos candidatos ao governo do Estado que o antecederam no debate na Associação Baiana de Medicina, realizado na manhã desta quarta-feira (13), Paulo Souto (DEM), não é contra a gestão terceirizada da saúde. Para os representantes dos profissionais do setor , o uso de parcerias público-privadas, a contratação de empresas médicas, organizações sociais e fundações. “Não [sou contra]. Pelo contrário, eu fiz isso. Esse termo [terceirização] é muito vago. Por exemplo, quando contratamos a operação de um hospital a uma entidade filantrópica, é uma coisa que, na minha percepção, que trouxe bons resultados para o estado. É preciso aperfeiçoar os mecanismos de fiscalização, índices de desempenho. Mas os resultados até agora foram positivos”, argumentou. O ex-governador ainda ressaltou que os problemas apontados pelos ataques a este modelo de administração “foram muito criticadas pelo PT, quando estavam na oposição, e adotaram integralmente isso no governo”. Souto preencheu o auditório da ABM acompanhado de vários aliados políticos e de ex-secretários da Saúde da época em que esteve à frente do governo do estado, como o atual titular da pasta em Salvador, José Antônio Rodrigues Alves, e José Carlos Brito, que já presidiu a ABM. Foi o único candidato a fazer apresentação de slides, nos quais mostrou uma compilação de dados sobre o setor. Entre as informações destacadas pelo democrata está a redução de 10% entre 2003 e 2013 no número de internações. “Isso seria ótimo, se essa redução nas internações fosse resultado, por exemplo, de um melhor atendimento na atenção básica, que isso fosse feito por falta de necessidade de internações. Mas infelizmente quem conhece o quadro sabe que não é exatamente que está acontecendo. Essas internações não estão sendo feitas porque as pessoas não estão tendo acesso a internações nos estabelecimentos públicos ou então naqueles derivados do SUS”, acusa. A partir das viagens que fez durante o período eleitoral, o candidato defendeu também a criação de hospitais no Extremo Sul, em Senhor do Bonfim e outra unidade em Feira de Santana, para atender à demanda concentrada no Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana.