Oposição fala em privatização da capital; projeto de venda de terrenos pode entrar na pauta desta terça
Por Marcos Russo
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Após o anúncio do prefeito ACM Neto (DEM) da atuação da Agência Reguladora na capital (Arsal) para fiscalizar a Embasa, a bancada da minoria se rebelou. Eles já estavam inconformados com o andar de outra matéria e trabalham para que não seja incluído na pauta desta terça-feira (10) o projeto enviado pelo Executivo sobre a venda das 62 áreas que a prefeitura pretende desafetar, por meio do projeto de lei nº 121/14. O objetivo da proposta é levantar R$ 300 milhões aos cofres públicos. A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) disse ao Bahia Notícias que a prefeitura “quer passar o rolo compressor” e votar a medida nesta terça. “Não entrou na pauta do colégio de líderes e eles querem que aconteça a apreciação. Não sabemos o que vai ser feito com estas áreas. O que eles vão fazer com o Mirante dos Aflitos, por exemplo? A prefeitura não diz”, pontuou. Sobre a reguladora da capital, para fiscalizar a Embasa, a edil informou que a oposição pode ir à Justiça. "Vamos ao Ministério Público ou à Justiça. A Embasa é de abrangência estadual e não pode ser controlada apenas por uma agência da capital. Sabemos que por trás disso está a privatização. Precisamos realizar audiência públicas para saber o que o povo pensa dessas ilações”, afirmou, ao continuar o rosário de críticas: “Criaram duas empresas para auxiliar a Secretaria da Fazenda, agora vem essa história de agência de fiscalização... É uma centralização para privatizar a cidade”, apontou.