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Oferta da Petrobras em compra de Pasadena foi extravagante para belgas, diz Folha

Oferta da Petrobras em compra de Pasadena foi extravagante para belgas, diz Folha
Foto: Reprodução
Comentários pejorativos sobre executivos da Petrobras aparecem em emails trocados pelo presidente da empresa belga Astra, Mike Winget, e seu diretor de operações, Terry Hammer em 2007. De acordo com informações obtidas pela Folha, na Justiça do Texas, nos Estados Unidos, os belgas diziam que os funcionários da estatal faziam muita "besteira", eram "extravagantes" nos gastos e qualquer decisão levava "10 vezes mais tempo que o necessário". No mesmo período das trocas de emails, diretores da Petrobras também não estavam satisfeitos com a Astra. De acordo com documentos internos da empresa, eles achavam que os belgas tinham "visão de curto prazo", demoravam a "reagir" aos problemas e pensavam muito diferente da Petrobras. Na ocasião, as duas companhias discutiam o próximo passo de um negócio que começou no ano anterior, quando a Petrobras comprou da Astra 50% da refinaria texana. Os desentendimentos começaram logo depois da associação, quando a Petrobras passou a defender investimentos de até US$ 3 bilhões para duplicar a refinaria. Os belgas não concordaram e depois de um ano de sociedade já discutiam como sair do negócio. Nos e-mails, trocados enquanto negociavam a venda dos outros 50% para a Petrobras, é perceptível que os executivos da Astra duvidavam que a estatal realmente toparia o negócio. O presidente da Astra disse que "não ficaria surpreso se a Petrobras já tiver se dado conta que a refinaria não vale os US$ 650 milhões que eles sinalizaram". Contudo, um mês depois, Nestor Cerveró, diretor internacional da Petrobras, surpreendeu a direção da Astra com uma oferta ainda maior: US$ 700 milhões. Cerveró, que estava na BR Distribuidora, foi demitido depois que o caso de Pasadena voltou à tona.