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Centenário de Abdias Nascimento, um dos maiores expoentes da luta negra, é celebrado nesta sexta

Centenário de Abdias Nascimento, um dos maiores expoentes da luta negra, é celebrado nesta sexta
Foto: Divulgação
O político e ativista social Abdias Nascimento completa centenário de nascimento nesta sexta-feira (14), data em que nasceu também o poeta baiano abolicionista Castro Alves. Paulista de Franca, o intelectual foi reconhecido nas diversas áreas nas quais atuou e foi um dos pioneiros a tratar das conseqüências da escravidão na vida do país. Graduado em Economia, pela Universidade do Rio de Janeiro, em 1938, foi o fundador do Teatro Experimental do Negro, em 1944. Quinze anos depois, denunciava as condições de vida dos negros brasileiros no jornal O Quilombo, criado por ele. Após várias realizações na arte, como ator e dramaturgo e na política, ao participar da fundação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), é perseguido pelos militares e obrigado a sair do país. Até 1969, faz uma série de palestras nos Estados Unidos. Na carreira política, que floresceu após voltar do exílio, foi deputado federal, duas vezes secretário no estado do Rio de Janeiro e senador, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), partido que ajudou a formar em 1979. Um ano antes, foi um dos colaboradores para a criação do Movimento Negro Unificado (MNU).


Em 2006, criou em São Paulo o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), data que marca as reflexões da causa negra em todo o Brasil. Foi consagrado Doutor Honoris Causa na Universidade Federal da Bahia e Universidade do Estado do Rio de Janeiro, além de ter sido professor emérito na Universidade do Estado de Nova York. Reconhecido no Brasil e no exterior por sua produção – ele ainda foi poeta, escritor e artista plástico – e por sua articulação política, Abdias recebeu, em 2003, o Prêmio Comemorativo das Nações Unidas por Serviços Relevantes aos Direitos Humanos. Um ano depois, foi a vez da homenagem da Presidência da República em 2004, aos 90 anos, do “maior expoente brasileiro na luta intransigente pelos direitos dos negros no combate à discriminação, ao preconceito e ao racismo”. No mesmo ano, o governo da África do Sul concedeu-lhe o prêmio de reconhecimento “10 Years of Freedom”. Abdias Nascimento morreu em maio de 2011, aos 97 anos, por complicações de diabetes. Seu corpo foi cremado e as cinzas foram lançadas na Serra da Barriga, em Alagoas, local onde se ergueu o Quilombo dos Palmares.