Quase sem voz, Felipe Pezzoni define o carnaval: 'Foram os melhores dias da minha vida'
Por Fernanda Aragão
Foto: André Carvalho / Ag. Haack / Bahia Notícias
“A voz já foi embora, mas a vontade de fazer uns 30 shows para vocês está aqui. Até a última nota sair das cordas vocais estou aqui”, disse Felipe Pezzoni, vocalista da Banda Eva, no último show da maratona do carnaval na madrugada desta quarta-feira (5). A rouquidão, provocada pela emoção e pelo intenso trabalho dos últimos dias - a Banda Eva realizou sete shows em seis dias - fez Felipe precisar de um atendimento especializado antes do show no palco Praia do camarote Salvador. O fonoaudiólogo, Marcos Carvalho, e o otorrinolaringologista, Thiago Alcântara, examinaram o cantor e fizeram exercícios pouco antes de ele subir ao palco. "Eu acho que sei o que aconteceu comigo. Eu esperei tanto por esse momento, por passar na avenida, sentir a energia das pessoas no carnaval, que meus shows foram 100% emoção. Eu esqueci qualquer tipo de exercício, técnica...O fono brigava direto comigo, mas eu me doei completamente nestes dias", tentou explicar Felipe, ainda 'elétrico', como ele mesmo descreveu ao BN após o show.
Durante a apresentação, o cantor trouxe sucessos da banda como “Leva eu” e "É do Eva", mas também tocou músicas de outros artistas como “Colorir”, da banda Jamil, “País tropical”, de Jorge Ben Jor e Wilson Simonal, além de “Não vá embora”, de Marisa Monte. Sobre o prêmio de cantor revelação pelo Troféu Band Folia, Felipe disse ter ficado muito feliz, mas que não era algo com o que ele se preocupava. Com brilho nos olhos e a emoção transbordando, o cantor declarou: "Eu faria tudo exatamente como eu fiz, mesmo tendo perdido a voz. Foram os mehores dias da minha vida".