Demolição da ‘Favelinha’ é ‘normal’, diz Sucom; comerciantes não serão ressarcidos
Por Alexandre Galvão
Foto: Bahia Notícias
Apesar da demolição, neste domingo (9), dos estabelecimentos comerciais na “Favelinha” (veja aqui), na Pituba, ter deixado os comerciantes revoltados, a ação, segundo Silvio Pinheiro, superintendente de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), é absolutamente “normal” e deve se repetir em outros locais da cidade. “São ações cotidianas da Sucom. Temos que defender o espaço público. Toda vez que tiver uma invasão, como nesse caso, vamos intervir”, prometeu, em entrevista ao Bahia Notícias. Sem querer revelar os próximos focos do órgão, ele falou dos motivos da demolição deste domingo.
“A derrubada tem que ser feita com inteligência. Não podemos alardear, pois as pessoas se revoltam, se organizam e complicam a operação. Precisamos do sigilo”, disse. “Os lavadores de carros ali invadiam o espaço público, prejudicavam o asfalto, constrangiam os moradores da região e atrapalhavam o trânsito. Estamos atendendo uma reivindicação antiga”, completou. Para quem tem dúvida da legalidade da ação, Pinheiro garantiu ter agido dentro da lei. “A legislação do município permite a demolição sumária”, alegou. As famílias que perderam seus equipamentos e locais de trabalho não devem ser ressarcidas pela prefeitura e nem colocadas em outro local para exercer a sua atividade.