‘É natural’, diz presidente do PT sobre ambição do PMDB; Rui Falcão terá encontro com Wagner
Por Sandro Freitas
Foto: UOL
Em visita a Salvador nesta sexta-feira (17) para participar da posse da Executiva Estadual do PT baiano e discutir um plano de ações para a campanha de 2014, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, afirmou que encara como “natural” a ambição do PMDB, que pleiteia novos ministérios no governo federal (ver aqui e aqui), tema que será decidido pela presidente Dilma Rousseff (PT) no final deste mês. Em entrevista coletiva no Hotel Matiz, no bairro do Stiep, onde acontece o evento, Falcão avaliou que cada legenda tem um modo próprio de pedir a ampliação da participação na administração pública e ainda negou que a política de alianças do PT tenha defeitos, ao garantir que em todos os acordos a “linha matriz” do projeto petista é mantida. “Os governos vão fazendo ajustes administrativos ditados por secretários ou ministro que querem ser candidatos e tem que se desincompatibilizar. É muito natural, em um governo de coalizão, que quando a presidente anuncia mudanças, os partidos queiram ou manter suas posições ou trocá-las ou ampliá-las, inclusive o PT. Eu encaro com naturalidade esse movimento do PMDB, cada um faz no seu estilo. Eu, em nome do PT, não vou fazer reivindicações e pressões, inclusive de maneira pública. Mas, cada aliado tem um comportamento, e não é o caso de julgá-los e nem recriminá-los. Creio que ao final as coisas estarão muito bem assentadas”, disse Rui Falcão.
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Ainda na noite desta sexta, o petista se reúne com o governador Jaques Wagner (PT), mas ele não quis adiantar toda a pauta do encontro. O presidente apenas adiantou que irá se “informar sobre o quadro [político] local” e questionar o chefe do Executivo baiano sobre qual será a participação dele na campanha de Dilma. “Quero ouvir as opiniões dele sobre a campanha da companheira Dilma, que estou coordenando, e ver como ele pode nos ajudar nesse trabalho. Evidente que ele tem um trabalho prioritário, que é continuar governando o Estado, e tem um papel – com o grande prestígio que detém – de colaborar muito fortemente na campanha do companheiro Rui Costa [chefe da Casa Civil e candidato da base ao governo do Estado]”, afirmou. Apesar das especulação que colocam Wagner como integrante do chamado conselho supremo da campanha nacional petista, Falcão se esquivou de cravar qual será o papel do correligionário baiano/carioca. “O governador tem condições, pela experiência e capacidade que tem, de desempenhar qualquer tarefa partidária. Não é o caso de ficar designando tarefas para ele. Vamos ver qual é a maneira que ele pode contribuir para a campanha nacional e estadual”, concluiu.