Agricultores acionam Procuradoria da República para resolver proliferação de praga no oeste

A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) aguarda um posicionamento da Procuradoria Geral da República, sobre possíveis medidas contra a praga que já causou um prejuízo de R$ 1,4 bilhão no oeste baiano e se alastra por outros estados. Na sexta-feira (2), a entidade esteve em Brasília para conversar com o secretário executivo do órgão, Carlos Alberto Lima, que prometeu encaminhar o assunto ao subprocurador-geral da República, Rodrigo Janot. De acordo com a Aiba, a lagarta helicoverpa armigera foi identificada em março deste ano e afeta todo tipo de plantação, tendo destruído cultivos de soja, milho e algodão. O Ministério da Agricultura chegou a autorizar o uso de um agrotóxico (Benzoato de Emamectina), não registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Contudo, a Justiça suspendeu o uso, atendendo um pedido do Ministério Público Estadual, que sinalizou a alta toxicidade do produto, além de determinar a apreensão da substância, já comprada por produtores de Luis Eduardo Magalhães, oeste baiano. “Apesar das dificuldades, os produtores do Oeste da Bahia não cruzaram os braços e elaboraram um programa fitossanitário que será colocado em prática já na próxima safra 2013/2014.”, ressaltou o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato. Serão realizadas cinco etapas: utilização de inseticidas, controle biológico, rigoroso calendário de plantio, uso de armadilha e adoção de áreas de refúgio de plantio. Atualmente, existem registros da Helicoverpa nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pará, Goiás, Paraná, São Paulo, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte.