Imbassahy critica PT por defender financiamento público; Joseildo rebate
Fotos: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) é anunciou que já começou a trabalhar, na Câmara dos Deputados, pela rejeição do projeto que prevê financiamento das campanhas eleitorais exclusivamente com dinheiro público. O tucano é contrário à medida por entender que os que os tributos recolhidos da população devem ser revestidos em serviços básicos, que atendam às necessidades dos brasileiros, e não para financiar campanhas. “Temos um sistema tributário dos mais pesados, que pouco é revertido em benefício do povo e ainda utilizar esse dinheiro para financiar campanha é absurdo”, avalia. Segundo ele, os recursos provenientes dos fundos partidários, já à disposição das legendas (R$ 286 milhões este ano), são suficientes para os fins a que se destinam. Imbassahy discorda do posicionamento do governador Jaques Wagner (PT) que, durante os festejos do 2 de julho, declarou que o financiamento público de campanha vai evitar que partidos políticos busquem recursos para suas campanhas com o empresariado. “Está claro que o PT insiste nessa questão como forma de escapar do discurso do mensalão”, criticou o parlamentar. Para ele, o financiamento público não vai eliminar as distorções criminosas do chamado caixa dois e dos mensalões. “Quem é honesto, é honesto em qualquer sistema político. E o inverso também é verdadeiro”, concluiu. O ponto de vista do deputado estadual Joseildo Ramos (PT) é diametralmente oposto. “Raiz da corrupção está no financiamento privado das eleições”, afirmou o petista, que rebateu nesta quarta-feira (3) a declaração de Imbassahy. Segundo o parlamentar, que preside a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa da Bahia, a posição do tucano não condiz com o sentimento da população brasileira que tem ido às ruas nas últimas semanas. “Absurdo é ver os interesses do povo brasileiro sendo suplantados por mandatos a serviço de grupos econômicos. O povo está na rua clamando contra a corrupção e na política a raiz principal da corrupção está no financiamento privado das eleições”, disse.