Redução de recesso na AL-BA: Maioria dos líderes é favorável, mas deputados resistem
Por Evilásio Júnior/ David Mendes/ Natália Falcon
Fotos: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Enquanto o Congresso Nacional reduziu, há sete anos, o recesso parlamentar de 90 para 55 dias, os deputados estaduais baianos resistem em abrir mão da regalia de ficar três meses ausentes dos trabalhos na Assembleia Legislativa. Ao contrário da extinção do 14º e 15º salário, aprovada por unanimidade na semana seguinte à regra começar a valer na Câmara Federal e no Senado, a maioria dos integrantes na AL-BA não quer sequer iniciar o debate. As justificativas vão de "o recesso não equivale a férias" até "trabalha-se mais nas bases" no período. Nem mesmo a tímida proposta do presidente Marcelo Nilo (PDT), de diminuir a benesse para 75 dias, foi avalizada pelos seus pares.
Embora seja de Barra da Estiva, a 556 km a sudoeste da capital, o líder do PV, Marquinho Viana, também se mostrou simpático à ideia. "Sou a favor, mesmo trabalhando no interior durante o recesso. Se houver uma votação nesse sentido meu voto é a favor", revelou. "Quanto maior a presença do deputado no Parlamento, maior a possibilidade de o parlamentar atingir a sua finalidade: a fiscalização dos atos do Poder Executivo", concordou Luciano Simões (PMDB), comandante do bloco PMDB/DEM.