Furão se defende e acusa deputado Targino Machado, seu irmão, de chantagem e empresário de extorsão
Por Evilásio Júnior
Foto: Fala Bahia News
Procurado pelo Bahia Notícias para dar a sua versão sobre as denúncias do empresário da Maderval Material de Construção, Gustavo Fernandes da Fonseca, o prefeito de São Gonçalo dos Campos, Antônio Dessa Cardozo (PSD), o acusou de extorsão e apontou o seu irmão, o deputado estadual Targino Machado (PSC), como autor de chantagem por motivação eleitoral. O filho do parlamentar, Tarcísio Torres Pedreira (PSC), seu sobrinho, também concorre ao comando da cidade no pleito de outubro próximo. Na última quinta-feira (16), Furão deu entrada em uma representação criminal na Promotoria de Justiça da Comarca local, protocolada pelo auxiliar-técnico do Ministério Público Pedro Henrique Aléssio Rodrigues, contra o parente. “O deputado Targino Machado tentava nos chantagear com essa documentação. E qual era a chantagem? Em troca do silêncio dele, eu teria que renunciar à minha candidatura de prefeito para apoiar o filho do deputado para ele não tornar público isso aí”, argumentou o gestor. Conforme a ação, encaminhada por Furão ao BN (ver aqui, aqui e aqui), no final do mês de março ele recebeu uma ligação do deputado, que o convidou para uma conversa em seu escritório, na cidade de Feira de Santana. Ao chegar lá, o irmão, de posse de uma pasta transparente e um CD, teria afirmado que possuía documentos e provas de práticas de improbidade administrativa contra o prefeito. “Após a proposta indecorosa e a extorsão sofrida, nós discutimos e eu rechacei qualquer acordo nos termos propostos e solicitei que o deputado formalizasse as denúncias junto ao Ministério Público”, relatou Furão. Além disso, segundo o alcaide, o seu defensor jurídico, Tadeu Muniz Nogueira, foi procurado no último dia 14 de agosto pelo advogado Targino Machado Neto, também filho do parlamentar, para marcar uma reunião, em que foi reforçada a suposta ameaça. “O encontro foi realizado na casa de Tadeu e Targino Neto apresentou um vídeo que constava a imagem do deputado e de um cidadão que se dizia fornecedor da prefeitura em uma sala de escritório. Segundo o advogado, Targino Neto havia afirmado: ‘seu cliente sabe o que precisa fazer para que esse vídeo não seja visto por mais ninguém’”, contou.