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Morte de piloto aconteceu ‘por irresponsabilidade da Federação de Automobilismo da Bahia’, diz família

Por José Marques

Morte de piloto aconteceu ‘por irresponsabilidade da Federação de Automobilismo da Bahia’, diz família
"Pernambuco" morreu em acidente perto de Jacobina | Foto: Divulgação
A família do piloto baiano Erinaldo Matias, o “Pernambuco”, morto em acidente antes de uma competição de Velocidade da Terra em 20 de novembro, culpa a Federação de Automobilismo da Bahia (FAB) e o Clube de Automobilismo da Bahia (CAB) pela fatalidade. Pernambuco capotou o carro na BR-131, entre os municípios de Miguel Camon e Jacobina, no centro-norte do estado. O inquérito policial, comandado pelos delegados Elvio Brandão e Clériston Jambeiro, concluiu que o condutor praticava ‘racha’ com um colega de competição, Matheus Lima Macedo, o “Jegão”. Três pessoas foram indiciadas no caso: Jegão, por homicídio culposo (sem a intenção de matar); Aureliano Gomes, o “Lelo Bala”, presidente do CAB, e o piloto Charles Sampaio Barreto por “alterar o local do crime”. A FAB divulgou nota, após o acontecimento, em que “lamenta o acidente”, afirma que “cerca de duas horas antes da tomada de tempo para a prova, o piloto retirou seu carro da cegonha que transportava os outros automóveis que participariam da competição” e “presta solidariedade à família”. Em conversa com o Bahia Notícias, contudo, o irmão de Pernambuco, Simião Neto, garantiu que se houvesse fiscalização, os automóveis não sairiam da cegonha. “Em hipótese nenhuma veículos automotores de competição poderiam estar trafegando em uma BR. Deveria ter um fiscal da FAB assim que o carro desceu da cegonha para que ele ficasse restrito aos boxes antes da corrida”, protestou. A irmã do piloto, Geralda Matias, também demonstrou revolta. “Nem o presidente do Clube, o tal de Lelo Bala, nem a presidente da Federação, Selma [Morais], nos procuraram. A indignação da gente é muito grande. No enterro, eles trataram a gente como cachorro, só queriam dar entrevista. Quando me dirigi ao presidente do Clube, fui empurrada”, reclama. O irmão usa a mesma palavra para qualificar a insatisfação com as entidades. “Estamos indignados com todas as declarações dadas tanto pelo clube quanto pela federação. Clamamos por justiça e queremos que a CBA [Confederação Brasileira de Automobilismo] tome conhecimento da morte deste piloto em uma pista onde ele não poderia estar trafegando”, afirmou. Pernambuco, segundo ele, era filiado à CBA desde 2002. Veja mais aqui: Ex-piloto diz que "Federação tem que assumir que errou".