Aleluia compara transposição e metrô a Stonehenge

O presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia, disse esperar que os recursos para a segunda etapa do metrô de Salvador, anunciados na última sexta-feira (18) pela presidente Dilma Rousseff, “não tenham o mesmo destino da transposição das águas do Rio São Francisco”. Para ele, o projeto no Velho Chico será visto futuramente como uma obra “incompreensível” e “misteriosa”, tal qual o milenar monumento de pedras Stonehenge, localizado no sul da Inglaterra, “que ninguém sabe a origem e a função”. “Como denunciamos no início da faraônica ideia, a transposição do Rio São Francisco não tinha projeto nem estrutura para sua construção. Só atendia a interesses de empreiteiros espertos, que hoje já nem acreditam mais nessa mistificação”, ironizou. Na comparação entre transposição e metrô, o oposicionista alerta para o montante elevado de verba pública empregado nas duas execuções. “Nesta obra inútil já foram gastos mais do que o triplo do que a presidente Dilma anunciou de recursos federais para o metrô de Salvador. Oxalá, o tão necessário metrô baiano não seja condenado também a ser um Stonehenge”, escarneou. Conforme o anúncio oficial, o novo modal e as vias alimentadoras custarão R$ 2,6 bilhões, maior parte investida pelos cofres do Estado e União.