Traficante preso é apontado pela Polícia Civil como mandante de execução de açougueiro em Feira de Santana
Por Redação
Um presidiário do Conjunto Penal de Feira de Santana é apontado pela Polícia Civil como o mandante do assassinato do açougueiro Márcio Rocha Matos, de 32 anos, morto a tiros na noite do último domingo (28), no conjunto Fraternidade, no bairro Tomba. A informação foi confirmada pelo delegado Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Homicídios (DH) nesta segunda-feira (29).
Segundo o delegado, o crime ocorreu por volta das 19h, na Rua 31, nas proximidades da Praça da Fraternidade. A vítima foi atraída até o local e executada com vários disparos de arma de fogo calibre .380.
“Nessa ação foram dois indivíduos que o executaram. Esses dois indivíduos estavam em duas bicicletas. Então, certamente, atraíram a vítima para aquele local e a vítima ao chegar, eles aproveitaram a oportunidade e executaram”, disse Coutinho em entrevista ao Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias.
Durante a ação criminosa, um dos envolvidos filmou o assassinato. O vídeo que chegou a circular nas redes sociais, segundo a polícia, ajudou a avançar nas investigações. O delegado explicou que quem fez a gravação é um menor de idade, que também participou do crime. Ainda de acordo com Gustavo Coutinho, o suposto traficante citado no vídeo já foi identificado e está preso.
“Inclusive, esse traficante que se encontra no presídio regional de Feira de Santana também já foi identificado. Então as investigações estão bastante avançadas. Já identificamos todos os envolvidos e agora vou representar e aguardar que a justiça decrete a prisão.”
Questionado sobre o mandante do crime, o delegado confirmou que a ordem partiu de dentro do sistema prisional. Ele destacou a ousadia dos criminosos e a facilidade com que líderes de facções operam de dentro das unidades penais.
“Com certeza, todos os líderes dessas facções ou estão no presídio, um local onde eles têm segurança, pode fazer o que quiser e nada acontece contra eles ou estar em outro estado, geralmente no Rio de Janeiro, em São Paulo. Em Feira é difícil um líder permanecer aqui porque a polícia sabe onde está vai atrás e acaba prendendo ou ele acaba morrendo em uma troca de tiros.”
Sobre a motivação, a polícia ainda apura se a vítima realmente tinha envolvimento com o tráfico de drogas ou se é apenas uma justificativa dos executores.
“Nós vamos investigar para saber se a filmagem condiz com a realidade dos fatos. Se realmente a vítima estava ali para vender drogas ou não. Mas na filmagem, a pessoa que filmou falou isso, né? Cabe agora à Delegacia de Homicídios apurar, investigar tudo.”
A Delegacia de Homicídios segue com as investigações e deve representar pela prisão preventiva dos envolvidos nos próximos dias.
