Estudantes do Sudoeste baiano criam estufa automatizada para fortalecer agricultura familiar
Por Redação
Três estudantes do Colégio Estadual Luís Prisco Viana, em Lagoa Real, no Sudoeste, desenvolveram uma estufa agrícola automatizada voltada para agricultores familiares do semiárido baiano.
A inovação, criada por Mayara Cardoso, Letícia Guanaes e Karllos Avelar, sob orientação da professora Izis Pollyanna, procura melhorar a qualidade do solo, otimizar o uso da água e tornar o cultivo de hortaliças mais eficiente. As informações são da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado [Secti].
Conforme a pasta, a estufa utiliza adubação verde e integra tecnologias acessíveis ao pequeno produtor. Para o estudante Karllos Avelar, o diferencial do projeto está no alto nível de automação. O sistema é controlado por aplicativo e opera por meio de um software inteligente.
"Nas estufas tradicionais, tudo depende do manejo manual. No nosso modelo, a automação reduz a necessidade de intervenção constante e aumenta a eficiência produtiva", explicou o aluno. O protótipo também ajuda a minimizar efeitos das variações climáticas e da salinidade do solo, problemas frequentes no semiárido.
A estudante Mayara Cardoso diz também que a criação de um banco de dados agrícola com orientações personalizadas para cada tipo de cultivo, facilita o trabalho de agricultores com pouca experiência técnica. Ainda segundo a pasta, o projeto foi destaque no Bahia Tech Experience (BTX), maior evento de inovação da Bahia, realizado pela Secti em parceria com o Sebrae.
Animados com a repercussão, os estudantes já planejam patentear a tecnologia e criar uma startup. “Recebemos propostas de universidades e institutos para continuar a pesquisa. Queremos expandir essa rede de colaboração”, afirma Letícia Guanaes.
Para a professora Izis Pollyanna, iniciativas como essa reforçam o papel da educação científica no desenvolvimento regional. "Quando os jovens têm contato com ciência e empreendedorismo, desenvolvem autonomia, pensamento crítico e capacidade de solucionar problemas reais da comunidade", disse a docente.
