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Justiça proíbe vereador de Barreiras de gravar vídeos por expor pacientes em unidades de saúde

Por Ronne Oliveira

Justiça proíbe vereador de Barreiras de gravar vídeos por expor pacientes em unidades de saúde
Fotos: Reprodução / TJ-BA / Instagram

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) manteve, nesta quarta-feira (24), a decisão que proíbe o vereador João Felipe (PCdoB) de gravar e postar vídeos em atos de 'fiscalizações irregulares' em repartições públicas municipais de Barreiras, no oeste baiano. A decisão determina que, a cada vez que o político divulgar um vídeo semelhante, será aplicada uma multa de R$ 50 mil.

 

O Executivo municipal acionou a justiça após o parlamentar realizar filmagens não autorizadas e agir de forma intimidatória contra servidores em unidades de saúde. A decisão, confirmada pela Segunda Câmara Cível do TJ-BA, atende a um pedido da gestão de Barreiras.

 

Entre os episódios citados estão o ingresso na Secretaria de Saúde, em julho, e a entrada no Hospital da Mulher, em agosto, onde foram registradas ocorrências policiais. Em resposta, o vereador se manifestou dizendo que a prefeitura estaria “tentando calar o vereador”. Ele garante, por meio de suas redes sociais, que não irá parar de gravar os vídeos.

 

“O prefeito Otoniel e sua turma estão achando que vão me parar, que não vou falar dos problemas da saúde. Engano deles, continuarei usando as ferramentas necessárias para denunciar”, exclama o político.

 

Manifestação do vereador por meio de suas redes sociais | Foto: Reprodução / Instagram 

 

Um episódio que chama atenção é de uma live realizada pelo Instagram no dia 1º de agosto. O representante do legislativo entra em uma maternidade e começa a fazer uma gravação criticando outra colega de Câmara e o prefeito. “Não preciso de autorização para entrar em uma repartição pública, eu preciso entrar aqui e preservar a saúde das crianças e das mulheres”, alega o político.

 

Advogado de formação, o vereador possui vídeos em suas redes em que entra em locais públicos e começa a gravar as outras pessoas presentes. Segundo a sentença judicial, o comportamento do vereador “excede o exercício legítimo da fiscalização parlamentar”, especialmente ao violar direitos fundamentais e expor mulheres em situação de vulnerabilidade.

 

Imagem de trechos da decisão | Foto: Montagem / Bahia Notícias

 

O Tribunal deixou claro que as restrições buscam apenas coibir abusos e proteger a dignidade dos cidadãos e dos servidores, sem impedir o ato legítimo de fiscalizar.