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Codeba inicia estudo de fundos do São Francisco e espera chegar no final de 2026 com concessão de hidrovia

Por Francis Juliano

Rio São Francisco
Foto: Divulgação / Codeba

Com foco na reativação da Hidrovia do São Francisco, a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) inicia neste mês de setembro os estudos de sondagem e batimetria, esta última consiste em medir e mapear o relevo dos fundos do rio.

 

O objetivo é chegar em dezembro de 2026 com todas as etapas cumpridas, o que inclui licenciamento ambiental e abertura de consulta pública, para assim leiloar a concessão da hidrovia. Isso tudo, porém, terá de ter aval do Ministério de Portos e Aeroportos, o mesmo que autorizou a Codeba a fazer os estudos de viabilidade.

 


Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

 

Segundo o presidente da entidade portuária da Bahia, Antonio Gobbo, as ações vão ocorrer em dois momentos. “A primeira fase já começa agora. São feitos os estudos de batimetria, sondagem, diagnóstico socioambiental e estudos preliminares de viabilidade. Em uma segunda etapa paralela, iniciam-se os estudos para uma futura modelagem de concessão”, disse ao Bahia Notícias durante evento no Centro de Convenções de Salvador, na última sexta-feira (29).  

 

Com extensão de 1.371 quilômetros navegáveis entre Petrolina (PE), Juazeiro (BA) e Pirapora (MG), a hidrovia tem por objetivo o transporte de cargas do Nordeste para Minas Gerais, um comboio hidroviário que pode substituir até 1,2 mil caminhões em rodovias.

 


Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

 

Entre os produtos transportados cargas de insumos agrícolas, soja, milho, gipsita, minérios, bebidas e sal. No detalhamento feito por Antônio Gobbo, só nos 604 km navegáveis entre Juazeiro e Petrolina, passando por Sobradinho e chegando a Ibotirama, diversas empresas podem usar a rota, casos de Icofort, Mauriceia, Cargill, Bung Alimentos, Eter Draywall e Arcelormittal, antes de chegar por rodovias ao Porto de Aratu, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). 

 

Em um primeiro ano de operação, a estimativa é que a rota transporte, por baixo, em torno de cinco milhões de toneladas de mercadorias, volume equiparado ao transportado pelo porto de Salvador em oito meses.

 

Conforme Gobbo, a hidrovia vai abranger 505 municípios em uma população de mais de 11 milhões de pessoas. Para o presidente da Codeba, a viabilização do projeto representará um marco para o transporte de cargas na região, além de reativar um modelo de desenvolvimento já testado na história.

 

“Esse é talvez um dos maiores e mais emblemáticos projetos de desenvolvimento humano que esse país já viu. É uma extensão territorial absolutamente gigantesca, e o desenvolvimento da região do São Francisco foi feito ao longo do tempo às suas margens e utilizando os caminhos que a hidrovia proporcionava”, afirmou.

 

A hidrovia do São Francisco entre Ibotirama e Petrolina foi desativada em 2014. (Atualizado às 10h49