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Pesquisadora da Uefs vence Prêmio Capes de Tese 2025 em Linguística

Por Redação

Pesquisadora da Uefs vence Prêmio Capes de Tese 2025 em Linguística
Foto: Arquivo Pessoal

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) voltou a se destacar no cenário acadêmico nacional. A pesquisadora Bruna Trindade Gomes, egressa do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL), conquistou o Prêmio Capes de Tese 2025 na área de Linguística e Literatura, com o trabalho “Um códice em língua geral: edição, estudo paleográfico e sócio-história da Amazônia (1750-1758)”.

 

O reconhecimento tem caráter histórico: é a primeira vez que a Uefs vence o prêmio em Linguística e também a primeira conquista de uma mulher da instituição. Trata-se ainda do segundo Prêmio Capes de Tese obtido pela universidade desde 2013.

 

“Este prêmio tem um impacto profundo na minha trajetória, sobretudo por ser a única tese vencedora do país nesta edição em Letras (Linguística). É também a primeira conquista do PPGEL e simboliza resistência, por ter sido desenvolvida no período da pandemia, quando me tornei mãe”, afirmou Bruna.

 

Segundo o Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, a cerimônia de premiação, que reconhece as melhores teses defendidas no Brasil em 2024, será realizada em dezembro, em Brasília.

 

Além da premiação de Bruna, a Uefs também recebeu menção honrosa com a tese de João Paulo Just Peixoto, do Programa de Pós-Graduação em Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente (PPGM). O trabalho, intitulado “Classificação de Riscos e Planejamento de Soluções Inteligentes Utilizando Dados Georreferenciados Abertos para Construção de Cidades Resilientes”, foi reconhecido na área de Ciências Ambientais.

 

PIONEIRA 
A tese de Bruna Trindade resgata um manuscrito do século XVIII, escrito em Língua Geral Amazônica e preservado na Universidade de Coimbra, em Portugal. O estudo combina filologia, história e linguística, utilizando também ferramentas digitais, e revela o papel das línguas indígenas na escolarização durante o período colonial.

 

A pesquisa mostra como essas línguas foram posteriormente silenciadas pela imposição do português, oferecendo uma nova perspectiva sobre a formação histórica do idioma e sobre a história cultural e linguística do Brasil.

 

“O maior desafio foi lidar com a materialidade do códice, um documento setecentista que exigia leitura paleográfica, análise de marcas d’água, encadernação e diferentes mãos de escribas. Esse trabalho demandou tempo, recursos e acesso a acervos internacionais, além do esforço de traduzir uma escrita coletiva em uma edição semidiplomática rigorosa”, explicou a pesquisadora.