Júri de policial acusado de matar dono de lava-jato em Feira é adiado por suspeita de falso testemunho
Por Redação
O júri popular de um policial militar acusado de matar um dono de um lava-jato em Feira de Santana foi adiado. Segundo o Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, Roberto Costa Miranda é acusado pela morte de José Luiz Borges Santos, de 41 anos. O julgamento foi suspenso nesta terça-feira (12) em Feira de Santana. Já o crime ocorreu no dia 22 de julho do ano passado, no bairro Brasília, na mesma cidade.
A sessão, que durava em torno de cinco horas, foi suspensa após pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que apontou indícios de falso testemunho no depoimento da esposa da vítima. Segundo a promotora de Justiça Marina Neves, a mulher afirmou que José Luiz tinha uma arma no local do crime e teria omitido essa informação por causa de supostos abusos contra a filha do casal.
A juíza Márcia Simões acatou o pedido e concedeu liberdade provisória ao réu, impondo medidas cautelares, como manter endereço atualizado, informar onde está lotado, não se aproximar de testemunhas, especialmente mãe e filha da vítima, e não cometer crimes. No dia do crime, imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que um homem armado e de capacete entrou no lava-jato e atirou contra José Luiz, que morreu no local.
Segundo as investigações, o crime teria sido motivado pela vítima não aceitar ao relacionamento do acusado com a filha, então com 17 anos. Momentos antes, eles teriam discutido por mensagens de celular. O PM foi preso em 19 de agosto, após se apresentar no Batalhão de Choque em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Em depoimentos anteriores, ele negou o crime, apresentou um álibi e alegou ter perdido a arma dias antes. Contudo, perícia identificou impressões digitais dele no carregador de pistola deixado na cena, além de reconhecimento por testemunhas e imagens da placa da moto usada no crime.
Diante das provas, confessou o assassinato em novo interrogatório, afirmando que estava sendo ameaçado pela vítima. O acusado é lotado na 33ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e mora em Feira de Santana.