Homem é condenado a 17 anos por matar paciente em hospital no sudoeste baiano
Por Redação
Wanderson Oliveira foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão em regime inicial fechado pela morte de Filipe Batista Lobo. O crime ocorreu na sala de raio-x do Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, no sudoeste baiano, em Brumado. A sentença foi proferida na madrugada desta quarta-feira (09) pelo juiz Genivaldo Alves Guimarães, após um julgamento que atraiu centenas de pessoas ao Fórum na terça-feira (08).
O assassinato aconteceu em abril de 2024, por volta das 11h30. Wanderson, acompanhado de outro indivíduo, entrou armado na unidade de saúde, disfarçado de acompanhante de paciente.
Ele se dirigiu diretamente a Filipe Lobo, que havia sido baleado dias antes no Bairro Baraúnas e estava com o braço imobilizado, recebendo soro e aguardando um exame de imagem. Informações do auto do processo, obtido pelo Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, Wanderson efetuou 22 disparos contra Filipe, a maioria na cabeça.
Caio Amorim, que trabalhava como porteiro do hospital, foi acusado de ter indicado ao criminoso o local onde a vítima se encontrava. No entanto, os jurados entenderam que Caio não teve participação no homicídio e o absolveram por falta de provas de autoria.
Em relação a Wanderson, o Conselho de Sentença reconheceu a autoria do crime, condenando-o por homicídio qualificado. O juiz ressaltou a gravidade da ação, que ocorreu em um ambiente hospitalar em pleno funcionamento, colocando em risco a vida de profissionais e pacientes. Durante a fuga, uma enfermeira foi rendida sob a mira de uma arma, e dezenas de disparos foram efetuados.
A pena de 17 anos e seis meses de reclusão foi determinada considerando uma condenação anterior do réu por tráfico de drogas, o que foi considerado uma agravante no cálculo. A prisão preventiva de Wanderson Oliveira foi mantida.