Os munic&iacute;pios de Pojuca e Paulo Afonso, na Bahia, receberam nesta sexta-feira (1&ordm;) mais de 1.100 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A entrega faz parte de uma a&ccedil;&atilde;o nacional que contemplou seis cidades em diferentes estados e contou com a participa&ccedil;&atilde;o do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva.

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Na Bahia, os empreendimentos entregues foram os residenciais Everaldino Guimar&atilde;es e Professor Jo&atilde;o Assis, em Pojuca, e o Residencial Francisco Chagas de Carvalho, em Paulo Afonso. Juntas, as unidades v&atilde;o beneficiar mais de 3,4 mil pessoas. O investimento total nos tr&ecirc;s conjuntos ultrapassa R$ 60 milh&otilde;es, com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).

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Durante a cerim&ocirc;nia, realizada de forma simult&acirc;nea com outros estados, o presidente Lula destacou que a meta do governo &eacute; garantir moradia com dignidade &agrave; popula&ccedil;&atilde;o de baixa renda.

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&ldquo;O que o povo quer &eacute; dignidade, e n&atilde;o &eacute; porque &eacute; pobre que deve ser tratado como se n&atilde;o valesse nada&rdquo;, afirmou o presidente.

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Desde a retomada do programa, o estado da Bahia j&aacute; recebeu cerca de R$ 4,6 bilh&otilde;es em investimentos para a constru&ccedil;&atilde;o de 38,4 mil moradias.

A Justi&ccedil;a Federal marcou as primeiras audi&ecirc;ncias de instru&ccedil;&atilde;o no processo que investiga um suposto <a href="https://www.bahianoticias.com.br/noticia/250331-candeias-mpf-investiga-sobrepreco-na-compra-de-respiradores-e-mascaras-pela-prefeitura" target="_blank">superfaturamento na compra de oito respiradores</a> pela Secretaria de Sa&uacute;de de <a href="http://bahianoticias.com.br/tags/candeias" target="_blank">Candeias</a>, na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador (RMS), durante o ano de 2020. O caso envolve acusa&ccedil;&otilde;es de fraude &agrave; licita&ccedil;&atilde;o e peculato (desvio de dinheiro p&uacute;blico).

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O juiz Ailton Schramm de Rocha, da 17&ordf; Vara Especializada Criminal, determinou as datas para a oitiva das testemunhas e o interrogat&oacute;rio dos acusados. Entre os denunciados est&atilde;o Soraia Matos Cabral, que foi secret&aacute;ria de Sa&uacute;de e primeira-dama de <a href="http://bahianoticias.com.br/tags/candeias" target="_blank">Candeias</a>, Lu&iacute;s Eduardo Pacheco Alves, Marcelo de Jesus Cerqueira (tamb&eacute;m ex-secret&aacute;rio de Sa&uacute;de) e Manuela Jacob.

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Detalhes das Audi&ecirc;ncias:

<ul>
	<li>
	02 de setembro de 2025, &agrave;s 09h30: Ser&atilde;o ouvidas as testemunhas indicadas pelas defesas de Soraia Matos Cabral e Lu&iacute;s Eduardo Pacheco Alves.
	</li>
	<li>
	04 de setembro de 2025, &agrave;s 09h30: Ser&aacute; a vez das testemunhas arroladas pelas defesas de Marcelo de Jesus Cerqueira e Manuela Jacob.
	</li>
	<li>
	09 de setembro de 2025, &agrave;s 09h30: Nesta data, ocorrer&aacute; o interrogat&oacute;rio dos pr&oacute;prios denunciados.
	</li>
</ul>

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As audi&ecirc;ncias ser&atilde;o realizadas por meio de videoconfer&ecirc;ncia, utilizando a plataforma Microsoft Teams. Para isso, a 17&ordf; Vara expediu cartas precat&oacute;rias para as Comarcas de <a href="http://bahianoticias.com.br/tags/santo-amaro">Santo Amaro</a> e <a href="http://bahianoticias.com.br/tags/sao-sebatiao-passe" target="_blank">S&atilde;o Sebasti&atilde;o do Pass&eacute;,</a> solicitando que as testemunhas informem seus contatos para a participa&ccedil;&atilde;o virtual.

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O processo come&ccedil;ou a partir de uma den&uacute;ncia que apontava um suposto superfaturamento na aquisi&ccedil;&atilde;o dos respiradores. A investiga&ccedil;&atilde;o indica que os oito equipamentos, destinados ao combate &agrave; COVID-19, foram comprados por R$ 1,4 milh&atilde;o de uma empresa n&atilde;o especializada em equipamentos m&eacute;dicos (Manupa Com&eacute;rcio, Exporta&ccedil;&atilde;o e Importa&ccedil;&atilde;o de Ve&iacute;culos Adaptados), enquanto o valor de mercado m&aacute;ximo seria de cerca de R$ 600 mil.

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A defesa dos denunciados alegou que a contrata&ccedil;&atilde;o foi feita por dispensa de licita&ccedil;&atilde;o devido &agrave; situa&ccedil;&atilde;o emergencial da pandemia. No entanto, o juiz Ailton Schramm de Rocha rejeitou esse argumento, afirmando que, mesmo em casos excepcionais, os procedimentos de dispensa emergencial devem seguir os princ&iacute;pios da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica, como legalidade, impessoalidade e motiva&ccedil;&atilde;o, exigindo justificativa para a escolha do fornecedor e a fixa&ccedil;&atilde;o dos pre&ccedil;os.

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O caso segue em tramita&ccedil;&atilde;o na Justi&ccedil;a Federal.

Um estudo da Superintend&ecirc;ncia de Estudos Econ&ocirc;micos e Sociais da Bahia (SEI) aponta que a nova tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, anunciada por Donald Trump e com previs&atilde;o de in&iacute;cio de agosto, pode gerar um preju&iacute;zo de at&eacute; R$ 1,8 bilh&atilde;o para o nosso estado, os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14).

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Economistas da SEI, confirmam que essa medida tornar&aacute; os produtos baianos muito mais caros e menos atraentes para os compradores americanos. Isso significa que venderemos menos para os EUA, o que pode diminuir a produ&ccedil;&atilde;o em diversas &aacute;reas e, consequentemente, reduzir a gera&ccedil;&atilde;o de empregos e renda em nossos munic&iacute;pios.

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O estudo estima uma queda de US$ 643,5 milh&otilde;es (cerca de 5,4%) no total das exporta&ccedil;&otilde;es da Bahia. Para se ter uma ideia, em 2024, a Bahia exportou US$ 11,9 bilh&otilde;es. Se essa perda n&atilde;o for compensada por vendas para outros pa&iacute;ses, o impacto pode ser grande: uma redu&ccedil;&atilde;o de R$ 1,8 bilh&atilde;o no Produto Interno Bruto (PIB) do estado, o que representa 0,38% do nosso PIB.

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&quot;A decis&atilde;o do governo norte-americano, justificada por uma suposta rela&ccedil;&atilde;o comercial injusta, ocorre em um momento em que o Brasil registrava recordes de exporta&ccedil;&otilde;es para os Estados Unidos, tornando o impacto ainda mais relevante&quot;, explica Armando Castro, diretor de Indicadores e Estat&iacute;stica da SEI.

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Ele ressalta que &quot;a Bahia possui uma pauta comercial diversificada com os Estados Unidos, que figura como um dos principais destinos de suas exporta&ccedil;&otilde;es, atingindo 8,3% do total comercializado internacionalmente pelo estado no primeiro semestre de 2025&quot;.

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Apesar de a China ser o principal parceiro comercial da Bahia desde 2012, os Estados Unidos ocupam a importante terceira posi&ccedil;&atilde;o. Em 2024, os EUA foram destino de 7,4% das exporta&ccedil;&otilde;es baianas, e no primeiro semestre de 2025, esse percentual subiu para 8,3%.

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E OS EMPREGOS? 
 
Embora o estudo n&atilde;o precise a quantidade exata de empregos que podem ser perdidos, ele destaca o risco para os trabalhadores formais nos setores que produzem esses bens exportados. Cerca de 210 mil pessoas trabalham nesses setores na Bahia, o que representa 7,8% do total de empregos formais no estado. A petroqu&iacute;mica, por exemplo, que &eacute; um dos principais setores afetados, emprega cerca de 81 mil pessoas.

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SETORES ATINGIDOS? 
 
Os setores que mais vendem para os Estados Unidos e, portanto, podem sofrer mais com as novas tarifas s&atilde;o:

<ul>
	<li>
	Papel e Celulose: 25,3% das exporta&ccedil;&otilde;es para os EUA. As perdas podem chegar a US$ 191 milh&otilde;es.
	</li>
	<li>
	Qu&iacute;micos e Petroqu&iacute;micos: 23,5% das exporta&ccedil;&otilde;es. Perdas estimadas em US$ 177 milh&otilde;es.
	</li>
	<li>
	Borracha e suas Obras (inclui pneus): 11,8% das exporta&ccedil;&otilde;es. Perdas de US$ 89,3 milh&otilde;es.
	</li>
	<li>
	Metal&uacute;rgicos: 8,2% das exporta&ccedil;&otilde;es.
	</li>
	<li>
	Frutas: 8,1% das exporta&ccedil;&otilde;es.
	</li>
	<li>
	Cacau e derivados: 7,1% das exporta&ccedil;&otilde;es.
	</li>
	<li>
	Petr&oacute;leo: 5% das exporta&ccedil;&otilde;es.
	</li>
</ul>

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Juntos, esses segmentos representam 89% de tudo que a Bahia exporta para os EUA. A expectativa &eacute; que o aumento dos pre&ccedil;os causado pela tarifa reduza, em m&eacute;dia, 13,2% as exporta&ccedil;&otilde;es de produtos b&aacute;sicos e impressionantes 85,7% as exporta&ccedil;&otilde;es de produtos industrializados.

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