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Ipirá: Professores da rede municipal param jornada e cobram reajuste de salários

Por Francis Juliano

Ipirá: Professores da rede municipal param jornada e cobram reajuste de salários
Foto: Reprodução / APLB Ipirá

Professores da rede municipal de Ipirá, na Bacia do Jacuípe, fizeram uma manifestação nesta quinta-feira (23) durante uma jornada pedagógica. O ato pede o pagamento de percentuais atrasados, dada a atualização do piso nacional dos professores em 2022 e 2023. No ano passado, o reajuste foi de 33,24%. Neste ano, de 14,95%.

 

Segundo a diretora da APLB Sertânea e professora Loiane Fernandes, no acumulado, a prefeitura deve 38,03% do piso. Uma proposta encaminahda ao prefeito Dudy (PSD) pede o pagamento de um quarto do percentual devido em duas vezes, com o restante sendo negociado durante novo estudo.

 

"O prefeito descartou a nossa proposta e não apresentou nenhuma contraproposta. Nós tentamos dialogar. É sempre a APLB que apresenta proposta. Os trabalhadores não aceitam a desvalorização que essa gestão está promovendo", disse Loiane Fernandes ao Bahia Notícias. Ainda segundo a diretora, 500 profissionais são afetados pelo não pagamento do reajuste, entre professores e coordenadores de escolas e profissionais de creches. A diretora da APLB informou que o grupo segue mobilizado com paralisação na tarde desta quinta.  

 

OUTRO LADO

Procurado pelo Bahia Notícias, o prefeito Dudy declarou que não há condições de a prefeitura arcar com as reivindicações devido à situação do caixa, que estaria apertado. O gestor disse que caso tenha de atender aos docentes teria de prejudicar outras secretarias, e que o plano de cargos e carreira da categoria está em uma condição “impagável”.

 

“Tem professor aqui com 40 horas, ganhando R$ 10 mil R$ 12 mil, e eu já comecei este ano usando 92% do Fundeb. que é um dinheiro carimbado. E a lei diz que o mínimo a ser gasto com pagamento de professor é de 70% E o restante desses 92%, que já gasto, não dá para fazer o que é necessário. Como vou pagar merenda, transporte, reforma, material didático?”, indagou o prefeito, que acrescentou que outros gastos, como o hospital e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também inviabilizam outros gastos.

 

Dudy afirmou ainda que receberá os professores para debater o tema. “Sempre estarei de portas abertas para o diálogo, mas o que fizeram hoje é um negócio que choca”, completou ao criticar o ato dos docentes durante a jornada pedagógica.