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Prefeitos do Agreste e Litoral Norte temem perda de mais de 4 mil empregos da Petrobras

Por Francis Juliano

Prefeitos do Agreste e Litoral Norte temem perda de mais de 4 mil empregos da Petrobras
Foto: Divulgação / UPB

Prefeitos das cidades do Agreste e Litoral Norte baiano tentam sensibilizar a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em uma ação que pode paralisar as atividades da Petrobras por meses.

 

O imbróglio ocorre após a agência estabelecer um prazo de 72 horas, a ser encerrado nesta quinta-feira (15), para que a petroleira regularize procedimentos de segurança em 37 operações de petróleo e gás, que compõem o Polo Bahia Terra. Uma auditoria teria encontrado diversas falhas nas instalações, como falta de sensores de fogo e gás, sistema de combate a incêndios, vazamentos e explosões.

 

Caso a estatal não corrija os problemas, uma crise deve se instalar nas cidades da região, caso de Cardeal da Silva, Esplanada, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araçás. Ao Bahia Notícias, o prefeito de Cardeal da Silva, Branco Sales (PP), declarou que o objetivo é salvar em torno de quatro mil empregos diretos que agora estão ameaçados. A meta é até mais do que preservar a arrecadação de impostos oriundos do petróleo e gás, como o pagamento de royalties e ISS.

 

"A gente quer que a ANP flexibilize esse prazo para que a Petrobras possa ter tempo de fazer a parte dela. São quatro mil empregos diretos na região, fora os indiretos que são muitos também. E a Petrobras está entre as dez maiores empresas doe estado. O que acontece quando uma empresa desse porte fecha?", questionou ao Bahia Notícias.

 

Os gestores pedem um prazo de 30 a 60 dias para que a petroleira resolva as pendências. Na próxima segunda-feira (19), os prefeitos das cidades afetadas prometem um ato na sede da ANP em Salvador como parte da mobilização para manter as plantas em funcionamento.

 

Nesta terça, Branco Sales e os prefeitos de Entre Rios, Manoelito Argolo (Solidariedade]; e de Esplanada, José Naldinho dos Santos (PSDB); e de Catu, Pequeno Sales (PTB), estiveram nas sedes da Petrobras e da ANP no Rio de Janeiro e discutiram o caso com representantes da agência federal.  

 

Em caso de paralisação definitiva das plantas, o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) estima que 20 mil barris de petróleo deixarão de ser produzidos por dia. Com isso, o faturamento bruto deve cair em R$ 4 bilhões por ano, o que impactará na arrecadação das cidades baianas.

 

O Polo Bahia Terra já foi até colocado à venda pela Petrobras em meio à política de privatização das estatais do governo Bolsonaro com valor estimado em 1,5 bilhão de dólares.

 

Uma empresa chegou a ser anunciada como nova administradora [PetroReconcavo e Eneva], teve também a venda questionada na Justiça, mas segue em negociação para adquirir as plantas baianas.