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Camaçari: Promotor, esposa e empresária são denunciados por corrupção

Camaçari: Promotor, esposa e empresária são denunciados por corrupção
Foto: Reprodução / Bahia Cometa

Um promotor, a companheira dele e uma empresária foram denunciados por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. Os investigados são o promotor Everardo José Yunes Pinheiro, a esposa dele, a advogada Fernanda Manhete Marques, além da empresária Adriana Almeida da Anunciação da Cunha.

 

Eles são alvo da Operação Kauterion, deflagrada em setembro do ano passado pela Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público da Bahia (MP-BA).

 

Conforme a denúncia, Pinheiro e a esposa teriam solicitado, em duas oportunidades, pagamento de vantagem indevida à empresária em troca de manifestações favoráveis a Anunciação em investigações e processos contra a empresária que tramitavam na comarca de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

 

Ainda segundo a acusação, foi demonstrado que, com o aval do promotor de Justiça, a advogada fazia tratativas prévias e captava vantagens indevidas. Para isso, teria usado contrato dissimulado de serviços advocatícios, com a promessa de resolução rápida das demandas e isenção de responsabilidades da empresária, que seriam garantidas pela atuação do promotor de Justiça. A investigação segue em curso.

 


Na denúncia, o MP pediu a perda da função do promotor, além do compartilhamento de todas as provas à Corregedoria Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

 


A defesa técnica de Everardo, representada pelo advogado Danilo Mendes Sady, afirmou que não foi notificada da denúncia do Ministério Público, mas, pelo que foi noticiado, "os fatos que dizem respeito a denúncia são os mesmos já apurados pelo órgão em sede de processo administrativo disciplinar, ao qual Everardo foi absolvido, com o reconhecimento da ausência de violação etico-disciplinar e não participação em atos de corrupção". 

 

"O único fato relacionado entre Everardo e Adriana foi o fato dele, enquanto promotor de justiça, ter pedido a prisão dela. É até incompatível a acusação de corrupção por alguém que age conforme a lei e contra os interesses do particular", disse a defesa ao BN. (Atualizada às 21h04)