Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Municípios
Você está em:
/
/
Geral

Notícia

Cruz das Almas: Jornalista é agredido e tem celular destruído após filmar guerra de espadas

Cruz das Almas: Jornalista é agredido e tem celular destruído após filmar guerra de espadas
Foto: Reprodução / Sinjorba

O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), denunciou, nesta segunda-feira (28), a agressão física sofrida pelo jornalista Orlando Oliveira Silva  no último dia 24 de junho, enquanto filmava uma guerra de espadas no bairro Ana Lúcia, em Cruz das Almas, no Recôncavo baiano. As imagens seriam utilizadas em uma matéria jornalística sobre as espadas e suas contradições, com as diversas opiniões favoráveis e contrárias.

De acordo com o Sinjorba, após o jornalista ser perseguido e derrubado, foi atingido por diversos socos e pontapés, que resultaram em escoriações nos braços, costas e rosto, além de ter destruído seu aparelho celular.

De acordo com a vítima em relato ao sindicato,  a agressão partiu de um empresário conhecido em Cruz das Almas como Tereco, além de parentes e pessoas que estavam em sua casa, mais de 10 no total, conforme relatou em uma postagem no Facebook. A queima de espadas ocorria na rua em frente à casa do agressor e, quando este percebeu que o jornalista fazia o registro da atividade, iniciou os xingamentos e a agressão. Morador do bairro, o profissional correu, mas foi alcançado antes de chegar em casa.

O jornalista contou que uma moradora do bairro, ao ver as agressões, usou sua moto para apartar a situação, permitindo que ele pudesse se levantar, correr e pedir socorro aos seus familiares, que na confusão também foram agredidos. Nesta segunda (28) ele fez o exame de corpo de delito.  “A guerra de espadas já teve o seu período romântico, era uma época que as espadas faziam parte de um contexto alegre de uma festa tradicional do povo nordestino e cruzalmense, inclusive se tornando uma referência importante para a cidade, mas de alguns anos para cá está sendo utilizado como um instrumento de medo e intimidação de pessoas e sendo utilizadas por vândalos”, desabafa Orlando ao ressaltar que respeita os verdadeiros espadeiros. 

O Sinjorba se solidarizou com a vítima e  com seus familiares agredidos, oferecendo ao profissional todo o apoio neste momento. “O clima de violência que vivemos hoje no Brasil não surgiu agora, mas vem sendo amplificado em ações cotidianas por segmentos da sociedade, que se apoiam na postura do presidente da República, Jair Bolsonaro, um incentivador de confrontos, autor de uma política pública belicista e defensor do uso de armas pela população”, diz o presidente do Sinjorba, Moacy Neves. Ele diz que o Sindicato vai acompanhar de perto este caso e exigirá das autoridades uma investigação séria das agressões e da justiça uma punição exemplar aos agressores.