Rui citou fila de 300 pacientes na regulação para prorrogar restrições, diz Moema
Por Vitor Castro
A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), revelou que o governador Rui Costa (PT) usou a espera por leitos de terapia intensiva (UTI) como um dos fatores para justificar a indicação para prorrogar as medidas restritivas na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e na capital (lembre aqui). Segundo Moema, são cerca de 300 pacientes aguardando por vagas de leitos para tratar a Covid-19 no estado.
A decisão pela prorrogação dos decretos envolvendo os municípios que integram o Consórcio da Policlínica da RMS foi tomada no início da tarde desta terça-feira (2), em reunião com o governador Rui Costa. Estiveram presentes os prefeitos de Simões Filho, Mata de São João, Camaçari, Lauro de Freitas, Dias D’Ávila, além dos gestores de Conde e da capital Salvador.
De acordo com a prefeita, os dados apresentados pelo governador demonstram o tamanho do impacto da pandemia e a necessidade da intervenção. “De acordo com o governador, hoje são mais de 300 pessoas na tela aguardando uma UTI. Nós, nos nossos municípios, também estamos com uma dificuldade muito grande de regular. Estamos perdendo muitos pacientes”, disse.
As cidades decidiram por unanimidade pela prorrogação. “Houve um consenso entre os prefeitos desses municípios e da capital que nós deveríamos continuar até às cindo da manhã de segunda-feira mantendo esses dois decretos. Pretendemos com isso diminuir esse volume tão grande de pessoas que estão hoje precisando de UTI”, revelou Moema Gramacho (PT).
Ainda de acordo com a gestora, outras cidades estão avaliando junto ao governador se também irão aderir à prorrogação. Moema não adiantou se há perspectiva de uma próxima prorrogação, mas não negou a possibilidade. “Faremos uma nova reunião na segunda (8) pela manhã para fazer um balanço e ver quais providências adotar. Se vamos pedir ao governador para prorrogar ou se ele vai prorrogar, ou se vamos ter outras medidas e mantendo apenas as restrições noturna e nas praias no final de semana. Isso tudo vai depender de como vai ser o desenrolar dessa semana”, disse.
A prefeita defendeu que as medidas restritivas também não agradam aos prefeitos e governadores, mas reiterou a necessidade das proibições. “As pessoas perdem, o comércio perde, a economia perde e a prefeitura também, porque os impostos vem justamente da economia, do desenvolvimento, nós todos temos prejuízos com a parada, mas prejuízo maior é perder as vidas como estamos perdendo”, disse.