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Epicentro na 1ª onda da Covid, Itabuna tem alta ocupação de leitos e não prevê restrições

Por Vitor Castro

Epicentro na 1ª onda da Covid, Itabuna tem alta ocupação de leitos e não prevê restrições
Foto: Reprodução / Prefeitura de Itabuna

Um dos municípios que concentrou o maior número de casos da Covid-19 durante o ano de 2020 na primeira onda da pandemia, a cidade de Itabuna, no Litoral Sul, é hoje a segunda maior em número de casos ativos no estado, ficando atrás apenas da capital. O município já vive o risco iminente da falta de leitos para o tratamento da doença. Isso porque as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), destinadas à Covid-19 já chegam a 93% de ocupação.  

 

Apesar da situação alarmante, e da possibilidade da adoção de medidas restritivas, até o final da noite desta terça-feira (16), ainda não haviam sido traçadas estratégias a serem adotadas pela gestão municipal para enfrentar um maior agravamento do quadro.

 

Em entrevista ao Bahia Noticias, a secretária de Saúde Lívia Mendes disse que uma reunião ocorreria no fim dia para pensar medidas, principalmente nos bairros de São Caetano, Fátima  e Califórnia, onde o índice de casos é mais alto. “Ainda não existe lockdown, mas provavelmente teremos que tomar medidas mais radicais e restritivas como esta”, disse, fazendo referência ao fechamento de estabelecimentos não essenciais e à implementação do toque de recolher - já determinado pelo governo da Bahia por 7 dias a partir da próxima sexta-feira (19) entre 22h e 5h.

 

Desde o início da pandemia, a cidade já registrou 21.619 casos da doença, além de 547 óbitos e 759 casos ativos, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Números superiores aos disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna, que revelam 21.246 contaminados desde o início da pandemia, 584 casos ativos e 386 óbitos. 

 

A secretária atribuiu o aumento no número de casos a um relaxamento das medidas de prevenção por parte da população e ao período de transição dos governos, que fez com que práticas de enfrentamento ao coronavírus perdessem força na cidade. “A população daqui flexibilizou demais as medidas. Um dos fatores foi a transição de governo, já que a partir do resultado da eleição de que a outra gestão não iria continuar, algumas ações, principalmente com a vigilância epidemiológica e sanitária foram diminuindo. Daí quando você assume uma nova gestão, até você aparelhar a máquina e mudar as coordenações também há uma desaceleração das ações”, disse. 

 

Ainda de acordo com a secretária, a realidade no município não é confortável. Dos 29 leitos de UTI-Covid, 27 estão ocupados. Já dos 26 leitos clínicos, 19 estão em uso.  

 

Para tentar driblar o aumento dos números, a secretária disse que há algum tempo o município intensificou as ações de vigilância epidemiológica e a testagem principalmente nos bairros mais críticos. “As ações estão voltadas para os principais bairros, e agora voltou a patrulha do som com outro contexto que chamamos de operação Morfeu. São agentes da Polícia Militar, Guardas Municipal e Civil, agentes da vigilância epidemiológica e fiscais da indústria e comércio que fiscalizam bares e restaurantes fazendo orientação necessárias e autuando os comerciantes caso necessário”, disse. 

 

A secretária disse ainda que o município tem realizado a testagem da população pincipalmente nos comércios, mercados e farmácias, tanto dos profissionais quanto dos clientes. “Mas nosso maior desafio tem sido conscientizar as pessoas, porque, por maior que seja o esforço que fazemos, se o comportamento individual não colabora a disseminação acontece do mesmo jeito”, finalizou.